Data: 17-10-2019
Mês: Outubro
Ano: 2019

O Banco de Portugal publica hoje as estatísticas das empresas da central de balanços relativas ao 2º trimestre de 2019.

De acordo com o Banco de Portugal, no 2º trimestre de 2019, a rendibilidade bruta do ativo (EBITDA / total do ativo) das empresas não financeiras foi de 7,7%, valor idêntico ao trimestre anterior, mas inferior aos 7,9% registados no final de 2018.

A rendibilidade das empresas privadas decresceu nos setores das indústrias, da eletricidade, gás e água, do comércio e dos outros serviços. Os setores da construção, dos transportes e armazenagem e das sedes sociais apresentaram aumentos no mesmo período. As empresas públicas apresentaram uma redução da rendibilidade de 0,1 p.p., para 5,4%. Por classe de dimensão, a rendibilidade das PME não se alterou, situando-se nos 6,8%, e a das grandes empresas diminuiu 0,7 p.p., para 9,7%.

A autonomia financeira (capital próprio / total do ativo) foi de 38,0%, o que corresponde a um aumento de 0,4 p.p. face ao final de 2018. Este aumento foi transversal à maioria dos sectores de atividade económica com exceção dos setores da eletricidade, gás e água e das sedes sociais que apresentaram reduções de 0,1 e 0,4 p.p., respetivamente. No setor da construção a autonomia financeira não se alterou. O peso dos financiamentos obtidos no total do ativo diminuiu 0,2 p.p., para 33,8% no final do segundo trimestre do ano.

O custo do financiamento (juros suportados / financiamentos obtidos) foi de 3,2%, 0,2 p.p. inferior ao verificado no período homólogo (3,4%) e igual ao registado no final de 2018.

O rácio de cobertura de juros suportados (EBITDA / juros suportados) situou-se em 7,1, o que corresponde a um aumento de 0,5 face ao período homólogo. As empresas públicas registaram uma redução de 0,6 neste indicador, o que se traduziu num maior nível de pressão financeira. As empresas privadas apresentaram uma redução do nível de pressão financeira para a generalidade dos sectores de atividade económica, exceto o setor das indústrias, que apresentou um aumento, e o comércio que não se alterou.

 

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(Gráficos: Banco de Portugal)

 

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