Data: 02-06-2020
Mês: Junho
Ano: 2020

Os resultados do inquérito apontam para uma melhoria ligeira da situação das empresas na 2ª quinzena de maio, refletindo o levantamento progressivo das medidas de contenção da pandemia.

A percentagem de empresas em funcionamento na 2ª quinzena de maio aumentou para 92%, face a 90% na quinzena anterior, salientando-se o sector do Alojamento e restauração, onde a percentagem aumentou de 45% para 58% (+13 p.p.). Comparando os resultados obtidos para abril, quando vigorava o estado de emergência, com os de maio, a melhoria é mais notória, com a percentagem de empresas em funcionamento a aumentar de 83% para 91%.

Face à situação que seria expectável sem pandemia, 73% das empresas reportaram um impacto negativo no volume de negócios (compara com 77% na quinzena anterior). O sector do Alojamento e restauração continuou a registar a maior percentagem de empresas com reduções no volume de negócios (90%), ainda assim, -7 p.p. face ao registado na quinzena anterior. Comparando os dois meses, a percentagem de empresas respondentes com redução no volume de negócios, face à situação expectável sem pandemia, decresceu de 80% em abril para 75% em maio.

Comparativamente com a 1ª quinzena de maio, 40% das empresas referiram uma estabilização do volume de negócios, sendo que, entre as restantes, uma percentagem relativamente similar referiu reduções e aumentos. Ao nível sectorial, no Comércio, nos Transportes e armazenagem e no Alojamento e restauração, a percentagem de empresas a referir aumentos foi superior à percentagem que referiu reduções do volume de negócios.

Na 2ª quinzena de maio, 45% das empresas assinalaram reduções do pessoal ao serviço efetivamente a trabalhar face à situação que seria expectável sem pandemia (50% na quinzena anterior). As empresas do Alojamento e restauração continuaram a destacar-se, com 72% a referirem um impacto negativo no pessoal ao serviço (-10 p.p. do que na quinzena anterior). Comparando maio com abril, observou-se também uma diminuição da percentagem de empresas que referiram um impacto negativo no pessoal ao serviço efetivamente a trabalhar face à situação expectável sem pandemia (de 59% em abril para 48% em maio).

Em comparação com a 1ª quinzena de maio, a maioria das empresas não reportou alteração no número de pessoas ao serviço (71%). O Alojamento e restauração foi o sector onde se registou a maior percentagem de empresas com aumento no pessoal ao serviço (26%), na maioria dos casos devido à redução do número de pessoas em layoff.

 

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(Gráficos: INE e Banco de Portugal)

 

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