Data: 19-01-2021
Mês: Janeiro
Ano: 2021

O Banco de Portugal publica hoje as estatísticas das empresas da central de balanços relativas ao 3º trimestre de 2020.

De acordo com o Banco de Portugal, a rendibilidade do ativo (EBITDA / ativo) das empresas não financeiras foi de 6,1% no ano terminado no 3º trimestre de 2020, o que representa um decréscimo de 0,4 pontos percentuais (pp) face ao ano terminado no 2º trimestre. Contudo, a rendibilidade do ativo no 3º trimestre, quando considerado isoladamente, apresentou um aumento relativamente ao observado no trimestre anterior.

Por setor de atividade, a rendibilidade das empresas privadas diminuiu 0,8 pp no setor dos transportes e armazenagem, 0,6 pp nos outros serviços, 0,4 pp na eletricidade e no comércio, 0,2 pp nas sedes sociais e 0,1 pp na construção. No setor das indústrias a rendibilidade aumentou 0,4 pp. As empresas públicas registaram uma redução da rendibilidade de 2,5 pp. Por classe de dimensão, a rendibilidade decresceu 0,3 pp, quer nas grandes empresas, quer nas PME, situando-se em 7,3% e 6,0%, respetivamente, no ano terminado no terceiro trimestre.

A autonomia financeira (capital próprio / ativo) fixou-se em 39,4%, o que corresponde a um aumento de 0,5 pp face ao trimestre anterior e de 0,8 pp face ao final de 2019. Em relação ao trimestre anterior, a autonomia financeira aumentou nos setores das indústrias, da eletricidade, da construção, do comércio dos outros serviços e das sedes sociais, não se alterando no setor dos transportes e armazenagem. A autonomia financeira das empresas públicas diminuiu 1,2 pp face ao trimestre anterior. O peso dos financiamentos obtidos no total do ativo decresceu 0,2 pp, para 33,4%, no terceiro trimestre de 2020.

O custo do financiamento (gastos de financiamento / financiamentos obtidos) foi de 3,0% no ano terminado no terceiro trimestre, valor igual ao observado no ano terminado no segundo trimestre e inferior em 0,1 pp ao registado no período homólogo.

O rácio de cobertura de gastos de financiamento (EBITDA / gastos de financiamento) situou-se em 6,1, o que corresponde a uma redução de 0,3 face ao trimestre anterior, e a uma redução de 1,2 face ao período homólogo. Por comparação com o período homólogo, todos os setores das empresas privadas, com exceção da eletricidade, da construção e das sedes sociais, apresentaram reduções neste indicador, tal como as empresas públicas.

 

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(Gráficos: Banco de Portugal)

 

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