Data: 13-07-2016
Mês: Julho
Ano: 2016
Segundo o EY Portugal Attractiveness Survey 2016, divulgado hoje pela Ernst & Young (EY), verifica-se um crescimento das intenções de investimento em Portugal, com 25% das empresas inquiridas a revelarem ter planos de investimento para o próximo ano, em particular as empresas que já têm presença em Portugal (com 40% a planearem projetos de expansão).
 
Relativamente às perspetivas quanto à evolução da atratividade do País nos próximos 3 anos, 47% dos investidores inquiridos acreditam que vai melhorar, um valor que excede o resultado obtido nos outros países europeus em que foram realizados estudos semelhantes (Alemanha, 46%; Holanda, 38; Reino Unido, 36%; Bélgica, 26%; França, 21%; Europa, 36%). As intenções dos investidores estão a ser afectadas pela estagnação do crescimento e pela incerteza quanto à evolução dos mercados, considerando aqueles que Portugal tem melhores expetativas.

i022754

(Gráfico: EY)

Relativamente aos fatores de atratividade, pelo menos 75% dos inquiridos identificaram como pontos fortes de Portugal as infraestruturas (de telecomunicações e logísticas e de transportes), a estabilidade do clima social e as qualificações e o custo da mão-de-obra. Cerca de 2/3 dos inquiridos vêem em Portugal um potencial para aumento da produtividade, o que sinaliza a existência de oportunidades para investir.

Relativamente aos fatores considerados como menos atrativos, destaca-se a flexibilidade da legislação laboral e os impostos sobre as empresas (verificando-se uma ligeira melhoria face a 2012).

A EY registou 47 novos projetos de investimento em Portugal em 2015, acima da média anual de 37 projetos observada entre 2005 e 2014, sendo 2014 e 2015 os dois anos com maior número de novos projetos. Segundo o estudo referido, França liderou em número de novos projetos de investimento em Portugal em 2015.

No que respeita à atratividade das regiões de Portugal, a Grande Lisboa e a região Norte continuam a ser as regiões consideradas mais atrativas pelos investidores, recolhendo a preferência de 2/3 da amostra. Neste estudo, Lisboa ficou em 3º lugar e o Porto em 5º das cidades do Sul da Europa mais atrativas para o investimento.

Segundo os resultados do referido estudo, a Europa registou em 2015 um novo recorde de novos projetos de investimento, com 5.083 (+14,3%), criando perto de 218 mil empregos (+16,8%). O número de novos projetos em Portugal representou 0,9% do total da Europa, com os empregos gerados a representarem 1,6% (maior intensidade de trabalho).

Documento Original PDF

  • BTEP N° 01 2024
    BTEP N° 01 2024 Autor(es): GEE/GPEARI

    22/04/24

    9.ª Edição do Boletim Trimestral da Economia Portuguesa, numa parceria entre o GEE e o GPEARI, com análise sobre os principais desenvolvimentos da economia portuguesa, reflexão sobre possíveis causas e implicações, bem como principais políticas...

  • Em Análise – Evolução do setor imobiliário nas regiões de Lisboa e do Porto entre 2011 e 2023: identificação de períodos de exuberância dos preços
    Em Análise – Evolução do setor imobiliário nas regiões de Lisboa e do Porto entre 2011 e 2023: identificação de períodos de exuberância dos preços Autor(es): Nuno Tavares e Gonçalo Novo

    21/03/24

    Dada a influência do mercado imobiliário no desempenho económico dos países, o acompanhamento das dinâmicas de preços no setor torna-se fundamental. Neste domínio, a distinção entre períodos normais de crescimento e fases de exuberância poderá...

  • Em Análise - Open Strategic Autonomy and the Green Transition
    Em Análise - Open Strategic Autonomy and the Green Transition Autor(es): Inês Póvoa, Gabriel Osório de Barros

    02/02/24

    This document discusses how Open Strategic Autonomy (OSA) and the green transition are related. On the one hand, OSA refers to the balance between the capacity of acting autonomously and openness in strategically important policy areas, which...

  • Sínteses Estatísticas Setoriais
    Sínteses Estatísticas Setoriais Autor(es): GEE/DSE

    28/12/23

    Publicação anual bilingue com os principais indicadores da estrutura e variação do sector empresarial português, por sector de atividade económica (CAE Rev. 3), forma jurídica ou desagregação geográfica (NUTS II), e respetivo enquadramento no...

Novidades