Segundo o apurado pelo Inquérito Rápido e Excecional às Empresas elaborado pelo INE, em maio de 2022, 56% das empresas respondentes referem que já tinham alcançado ou ultrapassado o nível de atividade pré-pandemia. No Alojamento e restauração esta proporção é inferior (37%).
54% das empresas perspetivam um aumento do volume de negócios em 2022 face ao ano anterior e apenas 14% preveem uma redução. No Alojamento e restauração, a percentagem de empresas que perspetivam um aumento do volume de negócios é mais significativa (75%).
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Para 83% das empresas, a atual conjuntura internacional (em particular o conflito na Ucrânia, o aumento dos custos energéticos e a dificuldade no acesso a matérias-primas) tem um impacto negativo ou muito negativo na evolução do volume de negócios em 2022, realçando-se a Indústria e energia, com uma proporção de 90%. Quase 60% das empresas consideram que o aumento dos custos energéticos e de outras matérias-primas/bens intermédios são fatores muito relevantes com potencial impacto negativo na sua atividade.
67% das empresas preveem aumentar os preços de venda em 2022, 48% antecipam aumentos de pelo menos 5%. Das empresas que esperam subir os preços em 2022, 60% assinalam o aumento dos custos com matérias-primas/bens intermédios (não energéticos) como principal motivo.
As empresas apontam para um crescimento anual dos salários médios de 4,2% em 2021 e perspetivam um aumento de 5,2% para 2022. Entre os motivos assinalados como muito relevantes para o aumento salarial em 2022 estão o aumento do salário mínimo e a necessidade de reter os trabalhadores (28% e 27%, respetivamente).
27% das empresas (correspondendo a 47% do emprego total) estimam um aumento do número de pessoas ao serviço em 2022 face a 2021. Quanto ao recurso ao teletrabalho, 24% das empresas referem ter, em maio de 2022, uma proporção superior de pessoas ao serviço nesta situação face ao período pré-pandemia.
A flexibilização dos pagamentos fiscais e diferimento das contribuições para a segurança social é a medida de apoio público referida por uma maior proporção de empresas como relevante ou muito relevante (37%). Na ausência de medidas de política adicionais, 82% das empresas afirmam conseguir permanecer em atividade sem restrições em 2022.
A evolução da inflação e da guerra na Ucrânia são os fatores mais referidos pelas empresas com impacto negativo ou muito negativo na sua atividade em 2022 (82% e 75% das empresas). Em contraste, 52% das empresas espera um impacto positivo ou muito positivo da evolução da procura dirigida à empresa.
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