Em agosto de 2022, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) em Portugal registou uma taxa de variação homóloga de 8,9%, valor inferior ao registado no mês anterior em 0,2 p.p.. O indicador de inflação subjacente (IPC excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação homóloga de 6,5%, taxa superior em 0,3 p.p. à registada em julho. Este é o valor mais elevado registado desde março de 1994.
O agregado relativo aos produtos energéticos apresentou uma taxa de variação de 24,0% (taxa inferior em 7,2 p.p. face ao mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou a variação homóloga mais elevada desde outubro de 1990, fixando-se em 15,4% (13,2% em julho).
O IPC registou uma variação mensal de -0,3%, o que compara com uma variação de 0,0% no mês anterior e de -0,2% em agosto de 2021.
A taxa de variação média dos últimos doze meses do IPC foi de 5,3% (4,7% no mês anterior). Excluindo do IPC os produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa de variação média foi de 3,7% (3,2% no mês anterior).
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou uma taxa de variação homóloga de 9,3%, diminuindo 0,1 p.p. em relação ao verificado no mês anterior. Refira-se que o IHPC, que é utilizado na comparação entre os diversos países da União Europeia, se diferencia do IPC devido à inclusão, na estrutura de ponderação do IHPC, da despesa realizada pelos não residentes, parcela esta excluída do âmbito do IPC.
De acordo com a informação disponível relativa a agosto de 2022, tendo como referência a estimativa do Eurostat, a taxa de variação homóloga do IHPC português foi superior em 0,2 p.p. à da área do Euro (em julho a diferença entre as duas taxas tinha sido 0,5 p.p.).
(Gráfico: INE)
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