Data: 11-01-2023
Mês: Janeiro
Ano: 2023

O Banco de Portugal publica hoje as estatísticas das empresas da central de balanços relativas ao 3.º trimestre de 2022.

De acordo com o Banco de Portugal, no final do terceiro trimestre de 2022, a rendibilidade das empresas foi de 8,8% (6,9% no período homólogo).

Uma análise por setor de atividade económica das empresas privadas mostra, relativamente ao terceiro trimestre de 2021, que a rendibilidade do ativo, medida pelo rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) e o total do ativo, aumentou em todos os setores de atividade, exceto no da eletricidade e água.

Por classe de dimensão das empresas privadas, a rendibilidade das micro, pequenas e médias empresas (PME) subiu relativamente ao terceiro trimestre de 2021, de 6,8% para 8,6%, e das grandes empresas subiu de 9,0% para 11,1%.

A rendibilidade das empresas públicas manteve-se negativa, mas recuperou de -3,3% para -0,6%.

 

58

 

59

(Gráficos: Banco de Portugal)

 

A autonomia financeira das empresas, medida pelo peso do capital próprio no total do ativo, aumentou para 41,1% no terceiro trimestre de 2022, valor superior ao registado no período homólogo (40,2%). Em sentido contrário, o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo baixou de 32,5% para 30,6%.

Uma análise por sector de atividade mostra que a autonomia financeira das empresas privadas aumentou, relativamente ao período homólogo, na generalidade dos setores de atividade, com exceção dos sectores da eletricidade e água e da indústria, nos quais a autonomia financeira se reduziu e manteve, respetivamente. Já no caso dos financiamentos obtidos em percentagem do total do ativo das empresas privadas, o sector das sedes sociais foi o único que não acompanhou a descida do indicador.

Por classe de dimensão das empresas privadas a autonomia financeira aumentou, em comparação com o período homólogo, nas PME, de 39,8% para 42,0%, e reduziu-se nas grandes empresas, de 35,9% para 34,0%. Os financiamentos obtidos pesavam menos no total do ativo do que no terceiro trimestre de 2021: nas PME, passaram de 31,9% para 30,2% e, nas grandes empresas, de 33,7% para 31,4%.

A autonomia financeira das empresas públicas cresceu de 28,2% para 32,2%, e o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo diminuiu de 41,0% para 33,4%.

 

60

 

61

(Gráficos: Banco de Portugal)

 

Comparando com o período homólogo, o custo dos financiamentos obtidos aumentou de 2,7% para 2,8%, e a cobertura de gastos de financiamento das empresas (que quantifica o número de vezes que o EBITDA gerado pelas empresas é superior aos seus gastos de financiamento) aumentou de 7,7 para 10.

 

62

(Gráfico: Banco de Portugal)

 

Documento PDF