Em 2021, o sector empresarial português registou crescimentos nominais de 15,9% no volume de negócios, 15,4% no valor acrescentado bruto (VAB) e 26,8% no excedente bruto de exploração (EBE), após as reduções de 10,2%, 9,1% e 15,4% em 2020, respetivamente, superando os valores pré-pandemia observados em 2019 (+4,2%, +4,8% e +7,3%, pela mesma ordem). O pessoal ao serviço e os gastos com o pessoal aumentaram 2,3% e 8,9%, respetivamente (-2,0% e -1,8% em 2020, pela mesma ordem; +0,2% e +7,0% face a 2019, respetivamente).
Por sector de atividade económica, o Alojamento e restauração e os Transportes e armazenagem registaram os crescimentos mais elevados do VAB, +40,9% e +23,5%, respetivamente, mas este forte crescimento não permitiu recuperar os níveis de 2019 (-35,1% e -18,4%, pela mesma ordem), traduzindo a especial severidade dos efeitos negativos da pandemia em 2020 sobre estes sectores. O sector da Agricultura e pescas evidenciou o crescimento do VAB mais baixo (+9,1%), o que ainda assim representou um crescimento de 7,9% face a 2019.
Em 2021, existiam em Portugal 468 746 sociedades não financeiras (+4,1% face a 2020; +6,8% comparando com 2019), que registaram crescimentos de 2,9% no pessoal ao serviço, 16,2% no volume de negócios, 16,3% no VAB e 30,3% no EBE (-1,3%, -9,8%, -9,4% e -17,7%, respetivamente, em 2020; +1,5%, +4,8%, +5,3% e +7,2%, face a 2019). As sociedades de grande dimensão evidenciaram crescimentos superiores no volume de negócios e no VAB (+18,7% e +18,5%, respetivamente), e as micro, pequenas e médias empresas (PME) registaram um crescimento idêntico às grandes no EBE (+30,3%). A produtividade aparente do trabalho atingiu 31,5 mil euros por pessoa ao serviço, enquanto a remuneração média anual ascendeu a 16,1 mil euros por pessoa ao serviço remunerada.
(Tabela: INE)
(Gráfico: INE)
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