Data: 12-04-2023
Mês: Abril
Ano: 2023

No final do 4.º trimestre de 2022, a rendibilidade das empresas, medida pelo rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) e o total do ativo, foi de 9,2%, representando um aumento de 1,6 pontos percentuais (p.p.) quer em relação ao ano anterior, quer relativamente a 2019 (período pré-pandemia).

Uma análise por sector de atividade económica das empresas privadas mostra que a rendibilidade do ativo aumentou em todos os sectores de atividade, com destaque para os sectores dos transportes e armazenagem e do comércio (+4,4 p.p. e +3,3 p.p., respetivamente, em relação ao 4.º trimestre de 2021). O sector da construção foi uma exceção, apresentando uma redução da rendibilidade do ativo de 0,1 p.p. relativamente a 2021.

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(Gráfico: Banco de Portugal)

A autonomia financeira das empresas, medida pelo peso do capital próprio no total do ativo, aumentou para 41,9% no 4º trimestre de 2022, máximo desde 2006 (início da série). No 4.º trimestre de 2021, a autonomia financeira tinha sido de 40,5% e, no 4º trimestre de 2019 (período pré-pandemia), de 38,5%.

Em sentido contrário, o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo baixou de 31,7% para 30,1%. Para esta redução contribuíram os empréstimos de instituições de crédito e sociedades financeiras, bem como os empréstimos de empresas do grupo.

A autonomia financeira das empresas privadas reduziu-se, relativamente ao período homólogo, nos sectores da eletricidade e da construção, observando-se um aumento nos restantes sectores. Em relação ao período pré-pandemia (4.º trimestre de 2019), o aumento da autonomia financeira foi transversal a todos os sectores de atividade. Por classe de dimensão, a autonomia financeira aumentou, nas PME, de 40,4% para 42,2% e, nas grandes empresas, de 35,0% para 35,5%.

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(Gráfico: Banco de Portugal)

O custo dos financiamentos obtidos aumentou de 2,7% para 3,0%, em linha com a subida das taxas médias da Euribor.

A cobertura de gastos de financiamento das empresas (que quantifica o número de vezes que o EBITDA gerado pelas empresas é superior aos seus gastos de financiamento) aumentou de 8,8 para 9,8 relativamente ao 4.º trimestre de 2021, verificando-se, no entanto, uma redução relativamente ao trimestre anterior de 0,3 p.p.

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