Data: 29-08-2023
Mês: Agosto
Ano: 2023

Segundo o Banco de Portugal, no final do primeiro semestre de 2023, o stock de investimento direto estrangeiro em Portugal (IDE) era de 174 mil milhões de euros (69% do PIB). Entre o final de 2008 e o final do primeiro semestre de 2023, o IDE mais do que duplicou. Relativamente ao IDE em percentagem do PIB, e para o mesmo período, Portugal apresentava um aumento de 23 pontos percentuais (p.p.).

97

(Gráfico: Banco de Portugal)

No primeiro semestre de 2023, as transações de IDE totalizaram 2,0 mil milhões de euros. Este valor correspondeu sobretudo ao investimento imobiliário realizado por não residentes em Portugal. Em termos geográficos, destacou-se o investimento realizado por investidores residentes em países europeus.

98

(Gráfico: Banco de Portugal)

O peso do investimento direto estrangeiro nas economias da generalidade dos países tem vindo a crescer ao longo dos últimos anos. Em Portugal, no final de 2022, o stock de investimento direto estrangeiro representava 70% do PIB, o que significa um aumento de 40 p.p. relativamente ao valor registado em 2008. Nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), este peso passou de 23 para 51% do PIB, e na União Europeia (UE) de 33 para 71% do PIB. No período em análise (2008-2022), Portugal evidenciava valores superiores aos da média dos países da OCDE. Quando comparado com a média dos países da UE, Portugal apresentava valores superiores para o período de 2012 a 2019, tendo voltado a registar valores inferiores nos anos mais recentes (2020 a 2022).

99

(Gráfico: Banco de Portugal)

Em 2022, Portugal apresentava um dos stocks de investimento direto estrangeiro (em percentagem do PIB) mais elevados entre os países da OCDE, sendo apenas superado pelo Luxemburgo (1405%), Países Baixos (280%), Suíça (128%), Estónia (96%) e Bélgica (91%). Comparativamente a 2019, Portugal registou, entre os países considerados, um dos maiores aumentos nos stocks de investimento direto estrangeiro (4,5 p.p.), embora inferior ao verificado para a média da UE (10,1 p.p.) e da OCDE (4,8 p.p.).

100(Gráfico: Banco de Portugal)

 

Documento PDF