Em 2023, as transações de IDE totalizaram 6,8 mil milhões de euros, dos quais 3,9 mil milhões estavam associados a investimento imobiliário. Foram sobretudo os países europeus que mais investiram em Portugal neste ano.
No mesmo período, as transações de IPE totalizaram 3,3 mil milhões de euros, dos quais 3,8 mil milhões foram canalizados para países europeus.
(Gráfico: Banco de Portugal)
No final de 2023, o stock de investimento direto estrangeiro em Portugal (IDE) era de 180 mil milhões de euros, e o de investimento direto de Portugal no exterior (IPE) era de 64 mil milhões de euros. Estes montantes representavam, respetivamente, 68% e 24% do PIB português.
Em ambos os casos, o stock aumentou em relação ao final de 2022 (10,6 e 3,5 mil milhões de euros, respetivamente), o que foi justificado, essencialmente, por transações de investimento direto de 6,8 e 3,3 mil milhões de euros. Para além das transações, a variação de um stock é também influenciada pelas variações de preço, de câmbios e por outros ajustamentos estatísticos.
Desde 2008 que ambos os stocks têm aumentado, embora a ritmos diferentes: o IDE mais do que duplicou entre o final de 2008 e o final de 2023, enquanto o IPE cresceu 22%. Quando medidos em percentagem do PIB, o peso do IDE aumentou 22 pontos percentuais, mas o peso do IPE reduziu-se 5 pontos percentuais.
(Gráfico: Banco de Portugal)
No final de 2023, a Grande Lisboa era a região que concentrava o maior valor de IDE: 99,6 mil milhões de euros, o que correspondia a 55,2% do stock de IDE. Seguiam-se o Norte, com 29,9 mil milhões de euros (16,5% do total de IDE), e o Algarve, com 17,8 mil milhões de euros (9,9% do total de IDE). Estas regiões representavam, no seu conjunto, 81,6% do total do stock de IDE em Portugal.
As regiões com menor concentração de investimento direto proveniente do exterior eram a Região Autónoma dos Açores, com 0,5 mil milhões de euros (0,3% do total de IDE), o Oeste e Vale do Tejo, com 2,6 mil milhões de euros (1,4% do total de IDE), e a Península de Setúbal, com 3,9 mil milhões de euros (2,2% do total de IDE).
Entre 2017 e 2023, as regiões que registaram crescimentos mais elevados de IDE foram o Centro, o Alentejo e o Algarve: 86,5%, 78,6%, e 68,4%, respetivamente. Em sentido contrário, de entre as regiões que registaram decréscimos, destaca-se a Região Autónoma da Madeira com uma diminuição de 51,3%.
(Gráfico: Banco de Portugal)
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