Data: 05-07-2024
Mês: Julho
Ano: 2024

De acordo com o Banco de Portugal, no final do primeiro trimestre de 2024, a rendibilidade das empresas ― medida pelo rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) e o total do ativo ― foi de 8,8% (9,0% no quarto trimestre de 2023 e 9,3% no período homólogo).

Em comparação com o período homólogo, a rendibilidade do ativo das empresas privadas desceu em todos os setores de atividade, com exceção dos setores da eletricidade, gás e água (+4,2 p.p.) e da construção (+0,2 p.p.). No caso da eletricidade, gás e água, o acréscimo da rendibilidade decorreu maioritariamente do aumento da produção de energia renovável. Os setores das sedes sociais e do comércio foram aqueles em que a rendibilidade do ativo mais se reduziu (-3,3 p.p. e -1,7 p.p., respetivamente).

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A autonomia financeira das empresas, medida pelo peso do capital próprio no total do ativo, foi de 44,5% no primeiro trimestre de 2024, valor superior ao registado no trimestre homólogo (42,4%) e o máximo observado desde 2006 (início da série).

Em comparação com o trimestre homólogo, a autonomia financeira das empresas privadas aumentou em todos os setores, com exceção das sedes sociais. Os setores de atividade que mais contribuíram para este aumento foram a indústria (+3,6 p.p.) e a eletricidade, gás e água (+6,5 p.p.). A autonomia financeira das PME subiu de 43,3% para 45,0%, e a das grandes empresas aumentou de 36,0% para 39,5%.

Para o total das empresas, o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo diminuiu para 27,1% (28,4% no período homólogo). O aumento da autonomia financeira e a diminuição do peso dos financiamentos obtidos no total do ativo continuaram a refletir a conversão de empréstimos de empresas do grupo em capital observada no quarto trimestre de 2023. A redução dos financiamentos obtidos também reflete a redução continuada dos empréstimos contraídos junto do setor financeiro.

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Comparando com o período homólogo, o custo dos financiamentos obtidos aumentou de 3,2% para 4,2%. A cobertura dos gastos de financiamento das empresas (medida de pressão financeira que quantifica o número de vezes que o EBITDA gerado pelas empresas é superior aos seus gastos de financiamento) reduziu-se de 9,9 para 7,6.

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