O INE divulgou hoje as Contas Regionais finais de 2021 e 2022 e preliminares de 2023, consistentes com as Contas Nacionais Anuais e Trimestrais, publicadas em 23 de setembro de 2024.
Os resultados agora divulgados em base 2021 refletem não só a nova base de referência das contas nacionais, como a alteração da geografia territorial NUTS2024, em substituição da NUTS2013.
Em 2023, o crescimento real de 2,5% do PIB do país traduziu-se em crescimentos em todas as regiões, mais acentuados na Região Autónoma da Madeira (4,5%), na Região Autónoma dos Açores (3,4%), no Algarve e Grande Lisboa (ambas com 3,3%) e na região do Oeste e Vale do Tejo (2,9%). A região Norte (2,3%), a Península e Setúbal (1,7%) e o Centro (1,4%) apresentaram crescimentos mais moderados, tendo o Alentejo registado o desempenho mais fraco (0,4%).
(Tabela: INE)
O PIB, em volume, cresceu em todas as regiões em 2022, com o Algarve (20,7%) e a Região Autónoma da Madeira (16,5%) claramente acima do país (7,0%), seguidos da Grande Lisboa (9,1%). A Região Autónoma dos Açores (6,3%), a Península de Setúbal (5,6%), o Norte (5,2%), o Centro e a região Oeste e Vale do Tejo (ambas com 4,1%), registaram um crescimento mais moderado, mas próximo do país, enquanto o Alentejo (1,7%) apresentou o crescimento mais ténue.
Em 2022, o diferencial entre a região com maior e menor índice de PIB per capita, Rendimento Primário Bruto per capita e Rendimento Disponível Bruto per capita, foi de 87 p.p., 37 p.p. e 34 p.p., respetivamente, verificando-se um ligeiro agravamento na disparidade dos três indicadores em relação a 2021. A nova geografia territorial (NUTS2024), que desagrega a anterior Área Metropolitana de Lisboa em Grande Lisboa e Península de Setúbal, regiões que apresentam o maior e o menor índice do PIB per capita, conduziu a um agravamento da disparidade regional, que passou de 44 p.p. na NUTS2013 para 87 p.p. na NUTS2024 em 2022 (aumentando para 90 p.p. em 2023 na nova geografia). A disparidade dos rendimentos das famílias é significativamente inferior à do PIB per capita, devido à correção dos movimentos pendulares que existe na afetação do rendimento disponível, fundamentalmente devido às remunerações, que refletem o local de residência e não o local de trabalho.
(Tabela: INE)
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