No 3º trimestre de 2024, a rendibilidade das empresas ― medida pelo rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) e o total do ativo ― foi de 9,4% (9,5% no segundo trimestre de 2024 e 9,8% no período homólogo).
A rendibilidade do ativo das empresas privadas foi de 9,5%, no final do 3º trimestre de 2024. Em comparação com o período homólogo, registou-se uma descida em todos os sectores de atividade, com exceção dos sectores da construção (+1,0 pp) e da eletricidade, gás e água (+0,6 pp). Os sectores das sedes sociais e indústrias foram aqueles em que a rendibilidade do ativo mais se reduziu (-2,5 pp e -1,2 pp, respetivamente).
A rendibilidade das empresas públicas fixou-se em 7,1% (-0,1 pp do que no período homólogo).
A autonomia financeira das empresas, medida pelo peso do capital próprio no total do ativo, foi de 45,1% no 3º trimestre de 2024, valor superior ao registado no período homólogo (42,9%).
A autonomia financeira das empresas privadas foi de 45,4%, no final do 3º trimestre de 2024. Em comparação com o período homólogo, registou-se um aumento em todos os sectores, com exceção das sedes sociais. O sector de atividade que mais contribuiu para este aumento foi a eletricidade, gás e água (+6,4 pp).
Para o total das empresas, o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo diminuiu para 27,2% (28,8% no período homólogo). Além da anteriormente referida conversão de empréstimos de empresas do grupo em capital, a evolução reflete também a redução continuada dos empréstimos contraídos junto do sector financeiro. O decréscimo foi transversal a todos os sectores, com exceção das sedes sociais, e a todas as classes de dimensão.
O custo dos financiamentos obtidos aumentou de 4,0% para 5,0%, em comparação com o período homólogo. Este aumento foi transversal a todos os sectores. A tendência decrescente das taxas de juro nos novos empréstimos refletiu-se num aumento mais contido do custo dos financiamentos obtidos em relação ao trimestre anterior (+0,1 pp).
A cobertura dos gastos de financiamento das empresas (medida de pressão financeira que quantifica o número de vezes que o EBITDA gerado pelas empresas é superior aos seus gastos de financiamento) reduziu-se, em termos homólogos, de 8,6 para 6,9. Os sectores nos quais a cobertura dos gastos de financiamento mais diminuiu foram a indústria, o comércio e as sedes sociais.
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