Data: 03-10-2025
Mês: Outubro
Ano: 2025

No segundo trimestre de 2025, a rendibilidade das empresas ― medida pela relação entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) e o total do ativo ― foi de 9,3% (9,4% no final de 2024).

Em comparação com o final de 2024, a rendibilidade do ativo das empresas privadas praticamente não se alterou, mas apresentou evoluções distintas entre setores de atividade.

Os setores dos transportes e armazenagem e das indústrias registaram a maior redução na rendibilidade do ativo (-1,3 pp e -0,8 pp, respetivamente). Nos transportes e armazenagem, a diminuição foi justificada pelo efeito conjunto da redução do EBITDA e do aumento do ativo (essencialmente motivado pelo acréscimo dos créditos comerciais). Nas indústrias, refletiu o decréscimo do EBITDA, embora por via da redução das margens de refinação e da queda do preço da pasta do papel.

Pelo contrário, a rendibilidade das sedes sociais aumentou 0,5 pp em relação ao final de 2024, em resultado do recebimento de um valor superior de dividendos de empresas participadas.

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A autonomia financeira do total das empresas, medida pelo peso do capital próprio no total do ativo, foi de 45,4% no segundo trimestre de 2025, valor ligeiramente superior ao registado no final de 2024 (+0,1 pp). Este aumento decorreu, essencialmente, da incorporação dos resultados do ano corrente nos capitais próprios das empresas.

No final do segundo trimestre de 2025, a autonomia financeira das empresas privadas era de 45,7%. Este indicador evoluiu de forma distinta entre setores de atividade. A subida mais acentuada ocorreu no setor do comércio (+0,7 pp do que no final de 2024), por via da referida incorporação de resultados, e a maior diminuição no setor dos transportes e armazenagem (-0,4 pp), influenciada pelo já mencionado aumento dos créditos comerciais no total do ativo.

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O custo dos financiamentos obtidos reduziu-se de 4,9%, no final de 2024, para 4,7% no segundo trimestre de 2025. Esta redução refletiu a tendência de descida das taxas de juro, que se iniciou em meados de 2024, e foi transversal a todos os setores de atividade e classes de dimensão.

A cobertura dos gastos de financiamento das empresas (medida de pressão financeira que quantifica o número de vezes que o EBITDA gerado pelas empresas é superior aos seus gastos de financiamento) subiu de 7,0 para 7,3. Esta subida foi transversal à maioria dos setores, com exceção dos setores das indústrias, eletricidade, gás e água e dos transportes e armazenagem, nos quais a cobertura dos gastos de financiamento se reduziu, devido à diminuição do EBITDA.

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