Data: 19-07-2016
Mês: Julho
Ano: 2016

O índice de difusão (calculado com base num inquérito aos cinco principais bancos portugueses) traduz a restritividade do mercado de crédito português: para valores acima de zero significa um aumento da restritividade das concessões de crédito por parte dos bancos, para valores abaixo de zero uma diminuição.

Oferta: De acordo com os resultados do inquérito de Julho de 2016 aos cinco grupos bancários incluídos na amostra portuguesa, os critérios de concessão de crédito ao sector privado não financeiro permaneceram relativamente estáveis nos últimos três meses, por comparação com o trimestre anterior. Não obstante, alguns fatores foram identificados como contribuindo para uma menor restritividade, entre os quais a pressão concorrencial, uma avaliação mais favorável dos riscos relacionados com a situação económica, sectores de atividade ou empresas específicos, perspetivas para o mercado de habitação, bem como a evolução dos custos de financiamento e restrições de balanço. Relativamente aos termos e condições aplicados nos contratos de crédito a empresas, os bancos indicaram, em termos globais, uma redução dos spreads aplicados nos empréstimos de risco médio, sobretudo nos empréstimos a pequenas e médias empresas (PMEs). Evolução semelhante foi reportada para os spreads aplicados nos empréstimos de risco médio a particulares para aquisição de habitação.

Para o terceiro trimestre de 2016, nenhuma das instituições inquiridas antecipa alterações nos respetivos critérios de aprovação de crédito ao setor privado não financeiro.

Procura: De acordo com os resultados do inquérito, no segundo trimestre de 2016, a maioria das instituições reportou uma estabilização na procura de empréstimos por parte das empresas e um ligeiro aumento no segmento dos particulares. Entre os fatores subjacentes a esta evolução as instituições destacaram o nível geral das taxas de juro, necessidades de refinanciamento/reestruturação e renegociação da dívida, assim como o aumento da confiança dos consumidores, perspetivas mais favoráveis para o mercado de habitação e um ligeiro aumento das despesas em bens duradouros.

Para os próximos três meses, os bancos inquiridos não antecipam, de um modo geral, alterações significativas na procura de empréstimos ou linhas de crédito por parte das empresas. Apenas uma instituição reportou expetativas de um ligeiro aumento por parte das PMEs. No segmento dos particulares, a generalidade das instituições espera um aumento da procura de empréstimos para aquisição de habitação e para consumo e outros fins.

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