No 1.º trimestre de 2015, a capacidade líquida de financiamento da economia portuguesa fixou-se em 2% (ano acabado no trimestre para todos os dados) do Produto Interno Bruto (PIB) o que compara com 1,9% no ano acabado no trimestre anterior. Esta evolução deveu-se à ligeira melhoria da poupança bruta, tendo o rendimento disponível bruto aumentado ligeiramente mais que a despesa de consumo final.
Registou-se uma diminuição da capacidade de financiamento das Famílias para 2,3% (menos 0,2 p.p. do que no trimestre anterior). A taxa de poupança das Famílias diminuiu para 6,8%, refletindo o aumento da despesa de consumo final das famílias comparativamente ao aumento do rendimento disponível (variações de 0,6% e 0,5%, respetivamente, no ano terminado no 1.º trimestre de 2015).
O sector das Administrações Públicas registou uma diminuição da necessidade líquida de financiamento de 0,1 p.p. no ano acabado no 1º trimestre de 2015, relativamente ao ano terminado no trimestre anterior, atingindo 4,4% do PIB. Este comportamento reflete sobretudo o aumento da receita proveniente de impostos sobre a produção e a importação (taxa de variação de 1,9%).
O sector das Sociedades não Financeiras registou um aumento da capacidade de financiamento no ano terminado no 1.º trimestre de 2015 de 0,3 p.p. do PIB para 0,9%. As Sociedades Financeiras registaram uma diminuição da capacidade líquida de financiamento de 0,1 p.p., passando de 3,3% do PIB no 4.º trimestre de 2014 para 3,2% do PIB no 1.º trimestre de 2015.
O Rendimento Nacional Bruto fixou-se em 172 130 milhões de euros, registando uma taxa de variação em cadeia de 0,6%. O Rendimento Disponível Bruto apresentou igualmente uma taxa de variação em cadeia de 0,6%, inferior à do PIB em 0,1 p.p., fixando-se em 174 222 milhões de euros.
No 1.º trimestre de 2015, o Investimento Bruto da economia portuguesa apresentou uma redução de 0,1 p.p. para 14,7% do PIB e a Poupança Bruta manteve-se em 15,4% do PIB, o que levou ao aumento da Capacidade Líquida de Financiamento de Portugal junto do exterior para 2% do PIB.
Documento Original PDF