No âmbito da sua missão de recolher e divulgar informação e de realizar estudos, o GEE divulga hoje o presente documento sobre o sector dos Transportes. Neste relatório, apresentam-se os fluxos de passageiros nas ligações internacionais de e para Portugal Continental, no período de 2019 a 2021. A análise dos fluxos de passageiros é feita por modo de transporte e permite constatar o seguinte:

  • Impacto profundo da Covid-19 no tráfego aéreo: Os aeroportos do Continente sofreram um impacto acentuado devido à pandemia. De 2019 para 2020, registou-se uma descida de 70,1% no número de passageiros. Embora 2021 tenha apresentado sinais de recuperação, os valores ainda estavam consideravelmente abaixo do nível pré-pandemia.
  • Tráfego ferroviário internacional quase nulo em 2020: O tráfego ferroviário internacional foi significativo apenas em janeiro e fevereiro de 2020, tendo a pandemia paralisado quase por completo este meio de transporte após o início das restrições.
  • Recuperação diferenciada entre travessias fluviais: Enquanto o rio Guadiana demonstrou uma recuperação no tráfego em 2021, com um aumento de 37,3% face a 2020, o rio Minho sofreu uma redução drástica, sugerindo impactos locais ou específicos que afetaram negativamente o tráfego nesse rio.
  • Indústria de cruzeiros severamente afetada: A indústria de cruzeiros foi uma das mais atingidas pela pandemia. A queda de 595,3 mil passageiros ao longo de três anos indica uma diminuição de aproximadamente 40,3% em comparação com o triénio anterior, mostrando uma resistência dos passageiros em viajar por esse meio.
  • Transporte rodoviário internacional paralisado: O impacto da Covid-19 nos transportes rodoviários internacionais foi tão profundo que países como a Alemanha e o Luxemburgo, que tinham tráfego registado em 2019, não registaram qualquer movimento em 2020 e 2021. Tal indica restrições rigorosas e uma hesitação em viagens rodoviárias internacionais.

O Transporte Internacional de Passageiros em Portugal Continental (2019 a 2021)