A crise financeira e da dívida soberana demonstrou a centralidade de uma atuação, tanto pelas empresas, como de política pública, focada na sustentabilidade económico-financeira das empresas portuguesas. Nos últimos anos, tornou-se ainda mais evidente essa necessidade com a pandemia Covid-19 e a invasão da Ucrânia pela Rússia. A presente análise constata a resiliência do tecido empresarial português ao choque exógeno associado a um motivo sanitário, provocado pela pandemia Covid-19, fruto de um esforço de anos pré-pandémicos que permitiu às empresas encarar o choque mais fortalecidas, mas que manifestou também a eficácia das políticas públicas implementadas no período pandémico. As conclusões quanto à resiliência da situação económico-financeira das empresas portuguesas face à invasão da Ucrânia pela Rússia são preliminares, uma vez que as principais consequências associadas ao conflito ainda se encontram presentes e perspetivam-se impactos mais fortes na atividade económica nos próximos trimestres.