O Banco de Portugal publica hoje os indicadores económico-financeiros das empresas não financeiras privadas relativos a 2017. Estas estatísticas incorporam os dados recolhidos na Informação Empresarial Simplificada (IES) relativa a 2017.
(Gráfico: Banco de Portugal)
A autonomia financeira (capital próprio em percentagem do ativo) aumentou 1,0 pp, para 33,2%. Em simultâneo, o peso dos empréstimos no total do ativo reduziu-se 1,3 pp, para 31,3%. O custo da dívida (gastos de financiamento / financiamentos obtidos) situou-se em 3,7%, o que corresponde a uma redução de 0,3 pp.
A redução do endividamento e do custo da dívida e o aumento da rendibilidade resultaram numa melhoria generalizada dos rácios de financiamento. Em particular, o rácio de cobertura de gastos de financiamento (EBITDA / gastos de financiamento) passou de 5,0 para 6,1.
Em termos de indicadores de risco, em 2017, verificou-se uma redução das percentagens de empresas com EBITDA negativo (-1,0 pp para 30,3%), com gastos de financiamento superiores ao EBITDA (-1,1 pp para 14, 7%), com resultados líquidos negativos (-1,3 pp para 36,2%) e com capital próprio negativo (-0,4 pp, para 26,5%). Por dimensão e sector de atividade destacam-se as PME e o alojamento e restauração que, em geral, apresentaram maiores percentagens de empresas com aqueles indicadores de risco.
(Gráfico: Banco de Portugal)
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