De acordo com os resultados divulgados para o Sistema de Matrizes Input-Output para 2015, cada euro de acréscimo das exportações traduzir-se-á no aumento de 44 cêntimos nas importações e 56 cêntimos no PIB (54,5 cêntimos no VAB e 1,5 cêntimos nos impostos líquidos de subsídios).
Segundo o INE, a Despesa de Consumo Final das Administrações Públicas apresenta o maior impacto no PIB, que aumenta 90 cêntimos por cada euro adicional de despesa, e menor nas importações (10 cêntimos). A variação de um euro na Despesa de Consumo Final das Famílias e em Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) tem um impacto de 77 e 64 cêntimos, respetivamente, no PIB, e 23 e 36 cêntimos nas importações, pela mesma ordem. O INE refere ainda, que 15 cêntimos da despesa das famílias correspondem a impostos líquidos de subsídios aos produtos, valor que diminui para 7 cêntimos na FBCF e apenas 2 cêntimos nas exportações.
(Tabela: INE)
Ainda com base neste sistema Input-Output, foi efetuado um exercício sobre o impacto do Brexit no PIB português. Uma redução uniforme de, por hipótese, 10% das exportações de bens e serviços com destino ao Reino Unido, em consequência do Brexit, tem um impacto negativo de 0,26% no PIB português, não considerando os efeitos sobre a economia portuguesa do impacto noutras economias que são parceiros comerciais relevantes.
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