A maior parte das empresas continua a transacionar bens apenas com um país, mas as empresas com maior diversificação de mercados (pelo menos 20 países parceiros) asseguraram a maior parte do valor transacionado: 41,6% nas exportações e 25,9% nas importações.
Nas exportações, as empresas com pelo menos 50% das suas exportações direcionadas apenas para um mercado representaram 94,1% do total de empresas exportadoras e cerca de metade do valor exportado (50,4%). Face ao ano anterior, o peso destas empresas diminuiu ligeiramente em relação ao número de empresas, mas aumentou +2,0 p.p. em termos do valor exportado. Nas importações de bens, o domínio das empresas que transacionaram bens somente com 1 país parceiro foi ainda superior ao registado nas exportações. Em 2016, 86,9% das empresas importaram bens de um país (87,0% em 2015), tendo concentrado 10,3% do valor importado (+0,4 p.p. face a 2015). O maior peso que o principal país parceiro de Portugal, a Espanha, atingiu nas importações contribuiu para este predomínio (32,9% contra 25,9% nas exportações).
(Gráfico: INE)
(Tabela: INE)
O INE inclui ainda uma análise específica sobre as transações comerciais de bens das “gazelas”, empresas jovens de elevado crescimento, em 2016. Segundo o INE, as “gazelas” ou empresas jovens de elevado crescimento, compreendem as empresas até 5 anos de idade com um crescimento médio anual superior a 10% ao longo de um período de 3 anos (sendo o crescimento médio anual medido em termos do número de pessoas ao serviço remuneradas)
Em 2016, das 471 empresas jovens de elevado crescimento, cerca de 60% tiveram transações de bens com o exterior: 110 eram empresas exportadoras e importadoras, 151 eram apenas importadoras e 18 apenas exportadoras. Nas exportações das “gazelas” evidencia-se uma maior diversificação nos mercados de destino que no conjunto das empresas exportadoras. Apesar destas empresas também terem exportado sobretudo para um país, mais de metade exportou bens para mais de um mercado.
(Gráficos: INE)
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