Data: 10-01-2019
Mês: Janeiro
Ano: 2019

De acordo com o Banco de Portugal, no ano acabado no 3º trimestre de 2018, a capacidade de financiamento da economia portuguesa foi de 0,8% do PIB.

A capacidade de financiamento da economia refletiu a poupança financeira das sociedades financeiras, dos particulares e das administrações públicas (respetivamente de 2,0%, 0,4% e 0,1% do PIB). Esta poupança foi mais do que suficiente para satisfazer as necessidades de financiamento das sociedades não financeiras, que atingiram 1,7% do PIB. De salientar que, pela primeira vez desde o início da série de contas financeiras (1995), as administrações públicas contribuíram positivamente para a capacidade de financiamento da economia portuguesa.

 

60

(Gráfico: Banco de Portugal)

Os ativos financeiros líquidos das sociedades financeiras e das administrações públicas (6,5% e -105,1% do PIB, respetivamente), apresentaram um aumento homólogo, nesta ordem, de 1,1 e 0,6 pontos percentuais (p.p.) do PIB, refletindo, para além da poupança financeira, as variações nos preços dos ativos financeiros e dos passivos. As sociedades não financeiras registaram uma variação dos ativos financeiros líquidos de -124,1% para -122,7% do PIB, decorrente do efeito positivo da variação do PIB no rácio.

Os particulares foram o único sector a evidenciar uma redução dos ativos financeiros líquidos (-0,2 p.p. do PIB face ao período homólogo), fixando-se em 118,2% do PIB, embora tal decréscimo tenha resultado do aumento do PIB.

No final do 3º trimestre de 2018, a economia portuguesa tinha uma posição financeira líquida de -103,1% do PIB, o que compara com -106,1% do PIB registados no final do 3º trimestre de 2017.

 

Documento PDF