A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) divulgou hoje o Relatório de Acompanhamento do Mercado Portuário de novembro de 2016.
Segundo a AMT, os portos comerciais do continente movimentaram 85,4 milhões de toneladas de carga no período de janeiro a novembro de 2016, sendo o valor mais elevado de sempre quando comparando com períodos homólogos e representando um aumento de 4,1% face ao período homólogo de 2015 (mais aproximadamente 3,4 milhões de toneladas).
Tal como nos meses anteriores, o comportamento positivo reflecte o crescimento de 16,1% no porto de Sines e de 2,9% no porto da Figueira da Foz, tendo-se registado quedas nos portos de Faro (-57,1%), Lisboa (-15,3%), Viana do Castelo (-12,7%), Aveiro (-5,7%), Setúbal (-5,7%) e Leixões (-3,7%).
Em termos de representatividade, o porto de Sines deteve neste período uma quota de mercado de 54,8% da actividade portuária do país, seguido de Leixões (19,5%), Lisboa (10,6%) e de Setúbal (7,5%).
Note-se que para o reforço da posição de Sines durante os últimos meses (superior em 5,5 pontos percentuais à que detinha no início do ano) contribuiu o facto de o Terminal Oceânico de Leixões ter suspendido a actividade em março (e retomado em outubro) para manutenção da monoboia em estaleiro. Recorde-se, ainda, que o porto de Faro está sem movimento de carga desde junho de 2016, altura em que a Cimpor decidiu interromper a actividade do Centro de Produção de Loulé, face às condições desfavoráveis do mercado de cimento.
(Tabela: AMT)
Notas: • Todos os dados foram fornecidos pelas Administrações Portuárias, sendo os cálculos, agregação e análise da responsabilidade da AMT;
• Alguns dados estatísticos do mês têm natureza provisória, sendo objecto de correcção num dos meses seguintes;
• Os elementos relativos à Carga Contentorizada e à carga Ro-Ro utilizando contentores não seguem integralmente a Diretiva Comunitária 95/64/CE, de 8 de dezembro, por incluírem na respetiva tonelagem as taras dos contentores que acondicionam as mercadorias transportadas. Também o movimento de Navios inclui algumas tipologias excluídas na Diretiva;
• Os elementos relativos a contentores (Número, TEU e Tonelagem de carga) não incluem as operações shift land & reship por não traduzirem, de acordo com o Eurostat, movimentos de entrada e saída de mercadorias;
• Para efeito deste relatório são considerados como mercados portuários de produtos e geográficos os correspondentes às diversas classes e grupos de carga e aos portos onde se regista o movimento, independentemente da sua eventual classificação como mercados relevantes, conforme comunicação da Comissão Europeia para efeitos do direito comunitário da concorrência (97/C 372/03).
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