De acordo com o Banco de Portugal, em 2017, a capacidade de financiamento da economia portuguesa cifrou-se em 1,4% do PIB. Este resultado reflete a poupança financeira das sociedades financeiras e dos particulares (respetivamente de 4,1% e 1,5% do PIB) e as necessidades de financiamento das administrações públicas e das sociedades não financeiras, que ascenderam a 3,0% e 1,3% do PIB, respectivamente (Gráfico 1).
Em comparação com 2016, observa-se um agravamento das necessidades de financiamento das administrações públicas e das sociedades não financeiras (1,0 p.p. em ambos os casos) e uma diminuição da capacidade de financiamento dos particulares (0,5 p.p.). Em sentido contrário, as sociedades financeiras revelaram um aumento da capacidade de financiamento (2,2 p.p.).
A necessidade de financiamento das administrações públicas, excluindo a contabilização da operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, ocorrida no 1º trimestre de 2017, seria de 0,9% do PIB (-1,1 p.p. do que em 2016) e a capacidade de financiamento das sociedades financeiras seria de 2,0% do PIB (+0,1 p.p. do que em 2016).
A economia portuguesa apresentava, no final de 2017, uma posição financeira líquida face ao resto do mundo de -105,7% do PIB (Gráfico 2), que compara com -106,1% do PIB no final de 2016.
(Gráfico: Banco de Portugal)
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