Os resultados definitivos do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (EU-SILC), realizado em 2018 sobre rendimentos do ano anterior, indicam que a mediana dos rendimentos monetários líquidos equivalentes em Portugal foi 9 346 euros em 2017, o que corresponde a um limiar de pobreza de 5 607 euros anuais (467 euros por mês).
Observou-se em 2017 uma taxa de pobreza (após transferências sociais) de 17,3%, que compara com 18,3% em 2016.
A desigualdade na repartição do rendimento atenuou-se: o coeficiente de Gini passou de 33,5% em 2016 para 32,1% em 2017. A distância entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres passou de 5,7 em 2016 para 5,2 em 2017. É ainda de destacar que 21,6% da população portuguesa se encontrava em risco de pobreza ou exclusão social em 2017 (23,3% em 2016).
(Tabela: INE)
Em 2017, a Área Metropolitana de Lisboa foi a única região com um rendimento mediano (10943 euros) superior à mediana nacional (9346 euros), enquanto os rendimentos medianos na Região Autónoma dos Açores (7517 euros) e na Região Autónoma da Madeira (8326 euros) refletiam diferenças significativas (menos 1829 euros nos Açores e menos 1020 euros na Madeira) em relação ao valor nacional.
(Gráfico: INE)
Os residentes nas regiões autónomas enfrentavam riscos de pobreza mais elevados, mas a maioria das pessoas em risco de pobreza viviam nas regiões Norte e Centro. Em 2017, a Área Metropolitana de Lisboa e o Alentejo tinham uma taxa de risco de pobreza inferior ao valor nacional: 12,3% e 16,9%, respetivamente.
(Gráfico: INE)
(Tabela: INE)
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