Data: 24-06-2019
Mês: Junho
Ano: 2019

No 1º trimestre de 2019, a necessidade líquida de financiamento da economia portuguesa fixou-se em 0,2% (ano acabado no trimestre para todos os dados) do Produto Interno Bruto (PIB), o que compara com a capacidade de financiamento de 0,2% no ano acabado no trimestre anterior, interrompendo a série de saldos positivos iniciada no 3º trimestre de 2012. Na origem deste resultado esteve o saldo negativo nas transações de bens e serviços com o exterior, com as importações e exportações a registarem taxas de variação de 2,1% e 1,0%, respetivamente.

Para esta evolução, contribuiu a diminuição da capacidade de financiamento das Famílias para 0,4% (menos 0,3 p.p. do que no trimestre anterior). O sector das Administrações Públicas (AP) registou uma diminuição da necessidade líquida de financiamento de 0,4 p.p. no ano acabado no 1º trimestre de 2019, relativamente ao ano terminado no trimestre anterior, atingindo -0,1% do PIB. O sector das Sociedades não Financeiras registou um agravamento da necessidade de financiamento, no ano terminado no 1º trimestre de 2019, de 0,5 p.p. do PIB para -2,4%. As Sociedades Financeiras registaram uma estabilização da capacidade líquida de financiamento em 1,9% do PIB.

Tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP fixou-se em 0,4% do PIB no 1º trimestre de 2019 (-1,0% no trimestre homólogo).

 

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O Rendimento Nacional Bruto fixou-se em 198.289 milhões de euros, registando uma taxa de variação em cadeia de 0,9%. Esta variação deveu-se à diminuição de 4,8% dos rendimentos primários recebidos com o exterior, enquanto os rendimentos primários pagos apresentaram uma taxa de variação em cadeia de -1,9%. O Rendimento Disponível Bruto apresentou uma taxa de variação em cadeia de 1,0%, superior à do PIB em 0,1 p.p., fixando-se em 201.683 milhões de euros.

 

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No 1º trimestre de 2019, o Investimento Bruto da economia portuguesa apresentou uma subida de 0,6 p.p. para 18,1% do PIB e a Poupança Bruta registou um aumento de 0,2 p.p. para 16,9% do PIB, o que levou à variação do Financiamento de Portugal junto do exterior para -0,2% do PIB, passando de uma situação de capacidade para uma situação de necessidade de financiamento.

 

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