De acordo com o Banco de Portugal, no ano acabado no 1º trimestre de 2019, a necessidade de financiamento da economia portuguesa foi de 0,1% do PIB, valor que vem interromper a sucessão de saldos positivos registados desde o final de 2012.
Este resultado reflete a necessidade de financiamento das sociedades não financeiras e das administrações públicas (respetivamente de 2,4% e 0,1% do PIB), a qual excedeu a poupança financeira das sociedades financeiras e dos particulares (1,9% e 0,4% do PIB, respetivamente).
(Gráfico: Banco de Portugal)
Os ativos financeiros líquidos das administrações públicas e das sociedades não financeiras, apresentaram um aumento homólogo de, respetivamente, 4,4 e 3,3 pontos percentuais (pp) do PIB, refletindo as variações nos preços dos ativos financeiros e o efeito positivo no rácio da variação do PIB.
As sociedades financeiras e os particulares registaram uma diminuição dos seus ativos financeiros líquidos de, respetivamente, 1,8 e 0,9 pp do PIB. No caso das sociedades financeiras esta redução é, principalmente, determinada pela valorização dos seus passivos. O decréscimo dos ativos financeiros líquidos dos particulares reflete o impacto no rácio do aumento do PIB.
No final do 1º trimestre de 2019, a economia portuguesa apresentava uma posição financeira líquida face ao resto do mundo de -100,8% do PIB, que compara com -105,8% do PIB no final do 1º trimestre de 2018.
(Gráfico: Banco de Portugal)
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