Data: 10-10-2019
Mês: Outubro
Ano: 2019

De acordo com o Banco de Portugal, no ano acabado no 2º trimestre de 2019, a capacidade de financiamento da economia portuguesa foi de 0,4% do PIB, mantendo a sucessão de saldos positivos registados desde o final de 2012.

Este resultado reflete a capacidade de financiamento das sociedades financeiras, dos particulares e das administrações públicas (respetivamente de 3,0%, 1,0% e 0,2% do PIB), a qual excedeu a necessidade de financiamento das sociedades não financeiras (-3,9% do PIB).

Os particulares foram o único sector a registar uma redução dos ativos financeiros líquidos, os quais diminuíram 0,4 pontos percentuais do PIB face ao período homólogo. Esta descida resulta do efeito neste rácio do crescimento do PIB.

No final do 2º trimestre de 2019, a economia portuguesa apresentava uma posição financeira líquida face ao resto do mundo de -104,4% do PIB, que compara com -110,1% do PIB no final do 2º trimestre de 2018.

 

 

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(Gráfico: Banco de Portugal)

 

As séries estatísticas das contas nacionais financeiras passam a ser publicadas, de forma consistente, com a base de 2016 das contas nacionais portuguesas, divulgadas pelo INE a 23 de setembro de 2019. Os valores agora publicados refletem a atualização da informação de base, a introdução de melhorias nos processos de compilação e a incorporação de alterações metodológicas. São, assim, disponibilizadas séries trimestrais consistentes desde o 4º trimestre de 1994 até ao 2º trimestre de 2019. As revisões efetuadas não alteram de forma significativa os resultados publicados nas séries de patrimónios e de transações financeiros, quer em termos de sinal, quer em termos de evolução temporal.

No que respeita às transações financeiras, verifica-se, nos períodos mais recentes, uma revisão em baixa da necessidade de financiamento das sociedades não financeiras e uma revisão em alta da capacidade de financiamento dos particulares e das sociedades financeiras. Estas revisões são consistentes com as alterações efetuadas pelo INE na conta não financeira e refletem a incorporação de informação sobre recebimentos de prestações sociais do exterior pelos particulares, e a revisão em alta dos rendimentos de propriedade pagos pelo sector das sociedades não financeiras aos particulares.

 

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