Data: 27-11-2019
Mês: Novembro
Ano: 2019

O INE divulgou hoje os resultados do Inquérito ao Sector da Economia Social feito em 2018. O objetivo deste inquérito era saber “como e por quem são geridas as entidades que compõem a Economia Social”.

As entidades inquiridas foram agrupadas em 5 grandes famílias - Cooperativas, Associações Mutualistas, Misericórdias, Fundações e Associações com fins altruísticos.

Alguns dos resultados preliminares são:

Os dirigentes de topo (entendido como o dirigente que ocupa a posição hierarquicamente mais elevada sem subordinação a nenhuma outra) das entidades da Economia Social tinham, na sua maioria, licenciatura ou grau académico superior (mínimo de 49,2% nas Cooperativas e máximo de 78,1% nas Fundações) e, em termos de idade, no caso das Associações Mutualistas, Misericórdias e Fundações o escalão de 64 anos de idade concentrava a maior parcela da distribuição referente a esta variável (41,1%, 52,2% e 54,5%, respetivamente). Nas Cooperativas a maioria dos dirigentes de topo tinha 55 ou mais anos de idade (57,3%) e a maior proporção nas Associações com fins altruísticos concentrava-se no escalão de 35 a 44 anos (24,4%).

Trabalhavam maioritariamente em regime de voluntariado, variando entre uma proporção de 72,1% nas Fundações e de 88,9% nas Misericórdias.

Exerciam a sua atividade de dirigentes de topo sem regime de exclusividade (mínimo de 66,2% nas Misericórdias e máximo de 83,3% nas Associações Mutualistas), e na sua grande maioria acumulavam funções em outras entidades fora da Economia Social.

A proporção de entidades que atribuíram prémios de desempenho às pessoas ao serviço com vínculo laboral variou entre o máximo de 22,9% nas Cooperativas e o mínimo de 8,1% nas Associações com fins altruísticos.

Uma parte significativa das entidades não promoveu as pessoas ao serviço com vínculo laboral, variando esta proporção entre 48,4% nas Misericórdias e 83,3% nas Associações Mutualistas, para as pessoas com funções de dirigente, e entre 36,9% nas Misericórdias e 79,3% nas Associações com fins altruísticos, para as pessoas sem funções de dirigente.

Perante quatro estratégias alternativas (sobrevivência, manutenção, crescimento e desenvolvimento), em todas as famílias da Economia Social a maior proporção das entidades optou por indicar uma estratégia de manutenção da sua atividade, com maior preponderância nas Associações Mutualistas (75,8%) e menor nas Fundações (51,0%).

A remuneração mensal bruta por pessoa ao serviço com vínculo laboral variou entre 840 euros nas Misericórdias e 2.773 euros nas Associações Mutualistas.

 

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