No 3º trimestre de 2019, a capacidade líquida de financiamento da economia portuguesa fixou-se em 0,3% (ano acabado no trimestre para todos os dados) do Produto Interno Bruto (PIB), o que compara com 0,5% no ano acabado no trimestre anterior.
Para esta evolução, contribuiu o aumento da capacidade de financiamento das Famílias para de 1,1% para 1,2%. O sector das Administrações Públicas registou uma variação do financiamento líquido de -0,2 p.p., passando de uma situação de capacidade de financiamento para uma situação de equilíbrio no ano acabado no 3º trimestre de 2019, relativamente ao ano terminado no trimestre anterior, atingindo um saldo nulo (em percentagem do PIB). O sector das Sociedades não Financeiras registou uma estabilização da necessidade de financiamento no 3º trimestre de 2019 em -4,0%. As Sociedades Financeiras registaram uma diminuição da capacidade líquida de financiamento de 0,1 p.p., passando de 3,1% do PIB no 2º trimestre de 2019 para 3,0% do PIB no 3º trimestre de 2019.
Tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP foi positivo no 3º trimestre de 2019, situando-se em 4,6% do PIB (5,4% no trimestre homólogo).
O Rendimento Nacional Bruto fixou-se em 205.264 milhões de euros, registando uma taxa de variação em cadeia de 1,0%. Os rendimentos primários recebidos do exterior diminuíram 5,9%, enquanto os rendimentos primários pagos apresentaram uma taxa de variação em cadeia de -5,3%. O Rendimento Disponível Bruto apresentou igualmente uma taxa de variação em cadeia de 1,0%, superior à do PIB em 0,1 p.p., fixando-se em 209.814 milhões de euros.
No 3º trimestre de 2019, o Investimento Bruto da economia portuguesa apresentou uma subida de 0,2 p.p. para 19,2% do PIB e a Poupança Bruta registou um aumento de 0,1 p.p. para 18,6% do PIB, o que levou à diminuição da Capacidade Líquida de Financiamento de Portugal junto do exterior para 0,3% do PIB.
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