O Banco de Portugal publicou hoje o Estudo da Central de Balanços nº 29 – Rendibilidade das empresas portuguesas e europeias 2006-2015, com informação sobre as empresas não financeiras portuguesas e de outros sete países europeus (Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Itália e Polónia).
De acordo com o Banco de Portugal, as empresas portuguesas eram as mais alavancadas em 2015. Em 2015, o activo das empresas portuguesas era 3,2 vezes superior ao valor dos capitais próprios. Esta proporção era maior do que a observada nos restantes países, evidenciando um elevado peso dos capitais alheios na estrutura de financiamento das empresas portuguesas. França e Itália apresentavam uma alavancagem financeira ligeiramente inferior (3,1); por oposição, as empresas polacas eram as menos alavancadas (2,0).
Entre 2006 e 2015 observou-se uma desalavancagem das empresas na generalidade dos países, sendo que em Portugal, o rácio entre o activo e os capitais próprios das empresas diminuiu apenas de 3,3 para 3,2. Considerando o contributo positivo da alavancagem financeira sobre a rendibilidade dos capitais próprios, esta evolução foi mais favorável para a rendibilidade das empresas em Portugal do que na generalidade dos países. As empresas portuguesas iniciaram o processo de desalavancagem mais tarde do que as suas congéneres europeias. Não obstante, entre 2012 e 2015, a redução da alavancagem financeira das empresas portuguesas foi a mais significativa do conjunto de países em análise.
(Gráfico: Banco de Portugal)
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