Data: 08-04-2020
Mês: Abril
Ano: 2020

Em março de 2020, o Indicador Compósito Avançado da OCDE (CLI ratio to trend, amplitude adjusted) para Portugal apresentou uma variação de 0,67% em termos mensais. Em termos homólogos apresentou uma variação de 0,40%.

Este indicador registou, em março de 2020, um valor de 98,55 pontos. Estes valores indicam uma fase de desaceleração acentuada da actividade económica.

O indicador foi concebido para detectar sinais iniciais de pontos de viragem nos ciclos económicos, dando os seus valores informação apenas qualitativa.

 

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(Gráfico: OCDE)

 

Em março de 2020, o CLI aponta para uma fase de desaceleração acentuada da actividade económica no conjunto dos países da OCDE e registaram-se as maiores descidas já verificadas na maior parte das maiores economias. A economia da OCDE registou uma variação mensal no CLI de -0,80% e a Zona Euro registou uma variação mensal no CLI de -1,16%. A Alemanha apresenta uma variação mensal no CLI de -1,93% e os EUA apresentam uma variação de -0,59%.

Em termos homólogos, a variação foi de -0,67% para a OCDE, -1,47% para a Zona Euro, -2,25% para a Alemanha e -0,39% para os EUA.

 

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(Tabela: GEE, com base na nota metodológica da OCDE)

 

Nota da OCDE:

1º - Com a considerável incerteza em torno da duração das medidas de confinamento, a capacidade dos principais indicadores de prever movimentos futuros no ciclo económico foi severamente reduzida.

2º - Como sempre, a magnitude da queda do indicador não deve ser considerada como uma medida do grau de contracção da actividade económica, mas antes como uma indicação da força do sinal de que as economias entraram numa fase de contracção. Por comparação, o sinal é mais forte agora do que era na altura da crise financeira.

3º - Os indicadores compósitos não são capazes de antecipar o fim da desaceleração, especialmente porque ainda não se sabe a duração e a severidade das medidas de contenção. No entanto, enquanto a situação estabiliza, mesmo com um confinamento mais prolongado, o indicador começará a recuperar a sua capacidade de previsão, quando as empresas e consumidores se começarem a adaptar às nova realidade e os governos começarem a formular e a dar sinais de estratégias de longo prazo, além das medidas imediatas que tiveram de impor.

 

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