Data: 05-08-2020
Mês: Agosto
Ano: 2020

 No 2.º trimestre de 2020, a taxa de desemprego em Portugal foi estimada em 5,6%, inferior em 1,1 pontos percentuais (p.p.) relativamente ao registado no trimestre anterior. Pelo contrário, a taxa de sub-utilização do trabalho, estimada em 14,0%, aumentou 1,1 p.p. relativamente ao trimestre precedente e 1,6 p.p. por comparação com um ano antes.

 A população desempregada (278,4 mil pessoas) diminuiu 20,0% (69,7 mil) em relação ao trimestre anterior. Em relação ao trimestre homólogo de 2019, a população desempregada diminuiu 15,2% (50,1 mil), em conformidade com os decréscimos homólogos observados desde o 3.º trimestre de 2013, ainda que muito superior ao de 2019.

 No período em análise, a população empregada foi estimada em 4 731,2 mil pessoas, o que corresponde a um decréscimo trimestral de 2,8% (134,7 mil) em relação ao trimestre anterior, contrariamente ao que ocorreu nos restantes segundos trimestres desde 2011. Em relação ao trimestre homólogo de 2019, a população empregada diminuiu 3,8% (185,5 mil), contrariando a série de variações homólogas positivas observadas neste trimestre desde 2014.

A taxa de atividade da população em idade ativa (15 e mais anos) situou-se em 56,3%, tendo diminuído 2,3 p.p. em relação ao trimestre precedente e 2,9 p.p. por comparação com o 2.º trimestre de 2019.

No 2.º trimestre de 2020, observou-se uma diminuição trimestral de 22,7% e uma redução homóloga de 26,1% do volume de horas efetivamente trabalhadas. Estas variações são as maiores desde 2011.

A redução do volume de horas trabalhadas está sobretudo associada ao aumento da população empregada ausente do trabalho, que ascendeu a 1 078,2 mil pessoas (22,8% da população empregada), mais do dobro da observada no trimestre anterior e quase o quádruplo da existente no trimestre homólogo. O aumento ficou a dever-se quase exclusivamente à redução ou falta de trabalho por motivos técnicos ou económicos da empresa (que inclui a suspensão temporária do contrato e o layoff), razão apontada por 680,1 mil daquelas pessoas (cerca de dez vezes o número do trimestre anterior).

A população inativa com 15 e mais anos, estimada em 3 886,7 mil pessoas, aumentou 5,7% relativamente ao trimestre anterior e 7,5% em relação ao trimestre homólogo. Nunca antes, na série de dados iniciada em 2011, se havia registado variações trimestrais e homólogas tão elevadas. Estes acréscimos são explicados, essencialmente, pelo aumento da população inativa que, embora disponível, não procurou trabalho, estimada em 312,1 mil pessoas. Esta população aumentou 87,6% em relação ao trimestre anterior e 85,6% relativamente ao período homólogo. O aumento desta população resultou, em parte, de 41,8% dos desempregados no 1º trimestre de 2020 terem transitado para a situação de inatividade no 2.º trimestre de 2020.

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Segundo a dimensão regional, a região com a taxa de desemprego mais alta foi o Algarve com 7,4%, seguindo-se a região da Madeira com 6,7% e a região de Lisboa com 6,5%.

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