De acordo com o INE, o Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, registou uma variação homóloga de 4,2% no 3º trimestre de 2021. No trimestre anterior, a variação homóloga do PIB tinha sido 16,1%, resultado influenciado, em grande medida, pelo forte impacto da pandemia no 2º trimestre de 2020.
A dissipação parcial deste efeito de base traduziu-se num contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB menor que o apurado no trimestre anterior. Por sua vez, o contributo da procura externa líquida foi ligeiramente mais negativo no 3º trimestre, traduzindo um aumento das Importações de Bens e Serviços mais acentuado que das Exportações de Bens e Serviços. Refira-se ainda que, no 3º trimestre de 2021, o deflator das exportações e, em maior grau, o deflator das importações terão registado crescimentos expressivos, sobretudo relacionados com a evolução dos preços dos produtos energéticos e das matérias-primas, prolongando-se a perda nos termos de troca observada no trimestre precedente.
Comparativamente com o 2º trimestre de 2021, o PIB aumentou 2,9% em volume, verificando-se um contributo positivo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB, que tinha sido negativo no 2º trimestre, e um contributo positivo menos intenso da procura interna no 3º trimestre de 2021. O crescimento do PIB no 3º trimestre de 2021 reflete a diminuição gradual das restrições impostas pela pandemia, acompanhando o aumento do ritmo de vacinação contra a COVID-19, após dois trimestres com resultados opostos: a forte redução do PIB no 1º trimestre (-3,3%), determinada pelo confinamento geral e um aumento de 4,4% no 2º trimestre, marcado pelo levantamento gradual das restrições à mobilidade.
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