Em janeiro de 2022, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) em Portugal registou uma taxa de variação homóloga de 3,3%, valor superior ao registado no mês anterior em 0,6 p.p., registando a taxa mais elevada desde fevereiro de 2012. Excluindo do IPC os produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa de variação homóloga foi 2,4%, superior em 0,6 p.p. à registada no mês anterior.
O IPC registou uma variação mensal de 0,3%, o que compara com uma variação nula no mês anterior e de -0,3% em janeiro de 2021.
A taxa de variação média dos últimos doze meses do IPC foi de 1,5% (1,3% no mês anterior). Excluindo do IPC os produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa de variação média foi de 0,9%, aumentado 0,1 p.p. face ao mês anterior.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou uma taxa de variação homóloga de 3,4%, aumentando 0,6 p.p. em relação ao verificado no mês anterior.
De acordo com a informação disponível relativa a janeiro de 2022, tendo como referência a estimativa do Eurostat, a taxa de variação homóloga do IHPC português foi inferior em 1,7 p.p. à da área do Euro (em dezembro, a diferença entre as duas taxas foi de 2,2 p.p.). É importante salientar que este diferencial de inflação está em grande medida associado ao diferente comportamento do índice relativo aos bens energéticos entre Portugal e a generalidade dos países da União Europeia, destacando-se em particular o caso da eletricidade. Com efeito, a taxa de variação homóloga do IHPC excluindo produtos energéticos e bens alimentares não transformados em Portugal aumentou para 2,5% em janeiro (1,9% no mês anterior), o que terá coincidido com a da área do Euro para o mesmo indicador, algo que não sucedia desde outubro de 2018.
(Gráfico: INE)
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