O INE divulgou ontem os dados definitivos das Estatísticas das Empresas em Portugal para 2020, obtidas a partir do Sistema de Contas Integradas das Empresas (SCIE).
Segundo o INE, em 2020, as empresas não financeiras registaram decréscimos do volume de negócios e do valor acrescentado bruto (VAB) de 10,0% e 9,8%, respetivamente (+4,0% e +5,8%, em 2019). O pessoal ao serviço, os gastos com o pessoal e o excedente bruto de exploração (EBE) diminuíram 2,0%, 1,7% e 17,2%, respetivamente (+4,1%, +8,7% e 2,1%, em 2019, pela mesma ordem).
Por sector de atividade, foi no Alojamento e restauração que se verificou a maior descida no VAB (-53,9% face a 2019), enquanto os sectores da Informação e comunicação e Energia e água registaram os únicos crescimentos no conjunto das empresas (+11,2% e +1,4%, comparativamente a 2019).
Em 2020, iniciaram atividade 35 610 sociedades não financeiras, correspondente a uma taxa de natalidade de 7,9% (-2,6 p.p. face a 2019). Estima-se que o número de mortes de sociedades não financeiras tenha sido 24 941, correspondente a uma taxa de mortalidade de 5,5% (-0,4 p.p. face ao ano transato).
A produtividade aparente do trabalho das sociedades não financeiras atingiu 27 822 euros, uma redução de 1 880 euros face ao ano anterior, e a remuneração média anual situou-se nos 15 188 euros por pessoa ao serviço remunerada (+1,2% face ao ano anterior).
Com referência aos dados do Relatório Único de 2019, 19,1% dos trabalhadores das sociedades não financeiras detinham habilitação superior. A antiguidade média dos trabalhadores era de 6,6 anos no conjunto destas sociedades, com uma rotatividade média dos trabalhadores de 23,5%. O setor da Informação e comunicação apresentou a maior proporção de trabalhadores com licenciatura ou habilitação superior (67,0%) e o do Alojamento e restauração a menor (8,1%).
Em 2020, cerca de 12% das sociedades com 10 ou mais pessoas ao serviço atingiram um nível muito alto ou alto de intensidade digital, valor inferior à média da UE27 (15%). As sociedades apresentaram uma relação positiva crescente entre o índice de intensidade digital e os indicadores económicos considerados.
(Tabelas: INE)
Com o objetivo de quantificar a incidência de sociedades “zombie” no conjunto das sociedades não financeiras, o INE apresentou pela primeira vez algumas estatísticas sobre este tema. Para definir estas sociedades, considerou-se empresas com resultados líquidos negativos nos últimos 5 anos e em atividade nos últimos 10 anos.
Em 2020, do total das sociedades não financeiras, 4,7% correspondiam a sociedades “zombie” (-0,1 p.p. face ao ano anterior). Estas sociedades representaram ainda 2,7% do pessoal ao serviço, 1,5% do volume de negócios e 1,0% do VAB do total das sociedades não financeiras (-0,3 p.p., -0,5 p.p. e -1,1 p.p. face a 2019, pela mesma ordem). Entre 2017 e 2020, o peso das “zombies” no total das sociedades não financeiras negócios e 1,0% do VAB do total das sociedades não financeiras (-0,3 p.p., -0,5 p.p. e -1,1 p.p. face a 2019, pela mesma ordem). Entre 2017 e 2020, o peso das “zombies” no total das sociedades não financeiras diminuiu 1,4 p.p. no número de sociedades, 0,8 p.p. no pessoal ao serviço, 1,0 p.p. no volume de negócios e 1,4 p.p. no VAB. diminuiu 1,4 p.p. no número de sociedades, 0,8 p.p. no pessoal ao serviço, 1,0 p.p. no volume de negócios e negócios e 1,0% do VAB do total das sociedades não financeiras (-0,3 p.p., -0,5 p.p. e -1,1 p.p. face a 2019, pela mesma ordem). Entre 2017 e 2020, o peso das “zombies” no total das sociedades não financeiras diminuiu 1,4 p.p. no número de sociedades, 0,8 p.p. no pessoal ao serviço, 1,0 p.p. no volume de negócios e 1,4 p.p. no VAB.
(Gráficos: INE)
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