A OCDE prevê que Portugal tenha o crescimento mais elevado da UE em 2022 (5,4%) e o quarto mais elevado da OCDE. Apesar disso, está abaixo dos 5,8% previstos no Economic Outlook de dezembro de 2021. Em 2023 a taxa deverá desacelerar para 1,7% (2,8% na publicação de dezembro de 2021). A recuperação é suportada por um robusto investimento público, impulsionado pelos fundos comunitários, e pela retoma das exportações de turismo. No entanto, a guerra na Ucrânia, as disrupções da cadeia de fornecimento e os aumentos dos preços da energia e das matérias-primas pesarão na atividade, diminuindo a confiança e o poder de compra.
A OCDE prevê que os aumentos nos preços da energia e dos alimentos pressionem a inflação para os 6,3% em 2022 (1,7% na publicação de dezembro de 2021) e para os 4,0% em 2023 (1,1% na publicação de dezembro de 2021) e que o esperado aumento de salários, com as horas trabalhadas a alcançarem níveis pré-pandémicos, não seja suficiente para proteger o poder de compra das famílias da inflação.
A OCDE prevê ainda um défice da Balança Corrente de 2,2% do PIB em 2022 e de 2,8% em 2023. Em relação à taxa de desemprego, a OCDE prevê que esta diminua de 6,6% em 2021 para 5,8% em 2022 e 5,7% em 2023 (valores que em dezembro de 2021 estimava virem a ser 6,7% e 6,5% respetivamente).
Relativamente às Finanças Públicas, a OCDE prevê um défice orçamental de 1,5% do PIB em 2022 e de 1,1% em 2023 (2,4% e 1,6% na publicação de dezembro de 2021).
(Tabela: OCDE)
Segundo a OCDE, prevê-se que a evolução do PIB, em 2022, da Zona Euro e dos países da OCDE seja de 2,6% e de 2,7%, respetivamente (valores revistos em baixa em 1,7 p.p. e 1,2 p.p., face à publicação de dezembro de 2021). Para 2023, prevê-se um crescimento de 1,6% tanto na Zona Euro na OCDE (valores revistos em baixa em 0,9 p.p. relativamente ao Outlook de dezembro de 2021).
(Tabela: OCDE)
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