Em 2022, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma variação média anual de 7,8%, significativamente acima da variação registada no conjunto do ano 2021 (1,3%). Trata-se da variação anual mais elevada desde 1992. Excluindo do IPC a energia e os bens alimentares não transformados, a taxa de variação média situou-se em 5,6% (0,8% no ano anterior).
A taxa de variação homóloga do IPC total evidenciou uma acentuada subida ao longo de 2022, com maior intensidade na primeira metade do ano. No segundo semestre de 2022 a variação homóloga do IPC manteve-se elevada e acima da média do ano, mas observou-se uma desaceleração dos preços nos últimos dois meses do ano. A variação média registada no segundo semestre (9,5%) foi superior à do primeiro (6,1%).
Em dezembro de 2022, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) em Portugal registou uma taxa de variação homóloga de 9,6%, valor inferior ao registado no mês anterior em 0,3 p.p.. Excluindo do IPC os produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa de variação homóloga foi 7,3%, superior em 0,1 p.p. à registada no mês anterior.
O IPC registou uma variação mensal de -0,3%, o que compara com uma variação de 0,3% no mês anterior e nula em dezembro de 2021.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou uma taxa de variação homóloga de 9,8%, diminuindo 0,4 p.p. em relação ao verificado no mês anterior. Refira-se que o IHPC, que é utilizado na comparação entre os diversos países da União Europeia, se diferencia do IPC devido à inclusão, na estrutura de ponderação do IHPC, da despesa realizada pelos não residentes, parcela esta excluída do âmbito do IPC.
De acordo com a informação disponível relativa a dezembro de 2022, a taxa de variação homóloga do IHPC da área do Euro foi inferior em 0,6 p.p. à do IHPC português, aumentando esta diferença em 0,5 p.p. comparativamente com o observado no mês anterior.
(Gráfico: INE)
Documento PDF