Em fevereiro de 2023, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) em Portugal registou uma taxa de variação homóloga de 8,2%, valor inferior ao registado no mês anterior em 0,2 p.p.. O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) acelerou para uma variação de 7,2% (7,0% em janeiro). A variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu, também pelo quarto mês consecutivo, para 1,9% (7,1% no mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma variação de 20,1% (18,5% no mês anterior), a taxa mais elevada desde maio de 1990.
O IPC registou uma variação mensal de 0,3%, o que compara com uma variação de -0,8% no mês anterior e de 0,4% em fevereiro de 2022.
A taxa de variação média dos últimos doze meses do IPC foi de 8,6% (8,2% no mês anterior). Excluindo do IPC os produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa de variação média foi de 6,3% (6,0% no mês anterior).
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou uma taxa de variação homóloga de 8,6%, mantendo-se face ao mês anterior. Refira-se que o IHPC, que é utilizado na comparação entre os diversos países da União Europeia, se diferencia do IPC devido à inclusão, na estrutura de ponderação do IHPC, da despesa realizada pelos não residentes, parcela esta excluída do âmbito do IPC.
De acordo com a informação disponível relativa a fevereiro de 2023, tendo como referência a estimativa do Eurostat, a taxa de variação homóloga do IHPC português foi superior em 0,1 p.p. à da área do Euro (em janeiro, a variação do IHPC português tinha sido idêntica à da área do Euro).
(Gráfico: INE)
Documento PDF