Segundo o Banco de Portugal, no primeiro trimestre de 2023, as transações de IDE totalizaram cerca de 630 milhões de euros. Este valor correspondeu sobretudo a investimento imobiliário realizado por não residentes em Portugal. Em termos geográficos, destacou-se o investimento realizado por investidores residentes em países europeus.
(Gráfico: Banco de Portugal)
Com base nestas estatísticas, também é possível identificar o país que, em última instância, assume o risco e usufrui dos benefícios de um dado investimento: o país do investidor final. De acordo com esta abordagem, no final do primeiro trimestre de 2023, Espanha era o país de residência dos detentores finais com maiores posições de investimento direto em Portugal. Seguiam-se Portugal, França, Reino Unido e China.
(Gráfico: Banco de Portugal)
A análise conjunta do investimento direto por contraparte imediata e final permite identificar:
- Os países que servem de intermediários, como os Países Baixos, o Luxemburgo e a Espanha. Para estes países, o valor do investimento direto em Portugal, na perspetiva do investidor final, era inferior ao do investimento direto na ótica da contraparte imediata;
- Os países que utilizam outros mercados como veículos para investir em Portugal, incluindo os referidos no ponto anterior. São os casos da China, dos Estados Unidos da América e da França. Para estes países, o valor do investimento direto em Portugal, na perspetiva do investidor final, era superior ao do investimento direto na ótica da contraparte imediata;
- Situações em que o investidor final é também Portugal: este fenómeno (investidor final coincidente com país do investimento), denominado de “round tripping”, está associado à passagem do investimento com origem e destino em Portugal por entidades intermediárias residentes noutros territórios, por exemplo, nos Países Baixos ou no Luxemburgo.
(Gráfico: Banco de Portugal)
Documento PDF