Data: 11-07-2023
Mês: Julho
Ano: 2023

No final do 1.º trimestre de 2023, a rendibilidade das empresas, medida pelo rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) e o total do ativo, foi de 9,4%, representando um aumento de 1,5 pontos percentuais (p.p.) em relação ao período homólogo.

Uma análise por sector de atividade económica das empresas privadas mostra que a rendibilidade do ativo aumentou em todos os sectores de atividade, com destaque para os sectores dos transportes e armazenagem e da eletricidade e água (+3,2 p.p. e +3,1 p.p., respetivamente, em relação ao 1.º trimestre de 2022). O sector da construção foi uma exceção, apresentando uma redução da rendibilidade do ativo de 0,2 p.p. Por classe de dimensão, a rendibilidade aumentou relativamente ao período homólogo nas micro, pequenas e médias empresas (PME), de 8,0% para 8,6%, e nas grandes empresas, de 9,3% para 12,0%.

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(Gráfico: Banco de Portugal)

A autonomia financeira das empresas, medida pelo peso do capital próprio no total do ativo, aumentou para 42,6% no 1º trimestre de 2023. No 1.º trimestre de 2022, a autonomia financeira tinha sido de 40,6%.

O peso dos financiamentos obtidos no total do ativo decresceu 2,7 p.p., para 29,3%, no 1º trimestre de 2023, por comparação com o 1º trimestre de 2022.

A autonomia financeira das empresas privadas aumentou, relativamente ao período homólogo, em todos os setores. Por classe de dimensão, o aumento da autonomia financeira foi mais expressivo nas PME (subiu de 40,5% no 1º trimestre de 2022, para 43,2% no 1º trimestre de 2023) do que nas grandes empresas (passou de 34,8% para 36,0%).

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(Gráfico: Banco de Portugal)

O custo dos financiamentos obtidos aumentou pelo terceiro trimestre consecutivo (passou de 2,7% no 2º trimestre de 2022 para 3,3% no 1º trimestre de 2023), reflexo do contexto de subida das taxas de juro que se iniciou em julho de 2022. Em sentido contrário, a cobertura de gastos de financiamento das empresas (que quantifica o número de vezes que o EBITDA gerado pelas empresas é superior aos seus gastos de financiamento) reduziu-se pelo segundo trimestre consecutivo (passou de 10,1 no 3º trimestre de 2022 para 9,4 no 1º trimestre de 2023).

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(Gráfico: Banco de Portugal)

Nota: EBITDA - Resultado antes de depreciações e amortizações, gastos de financiamento e impostos; PME - Micro, pequenas e médias empresas; Empresas públicas - Empresas públicas não incluídas no sector das administrações públicas.

 

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