Data: 04-01-2024
Mês: Janeiro
Ano: 2024

No final do 3º trimestre de 2023, a rendibilidade das empresas, medida pelo rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) e o total do ativo, foi de 9,3% (9,5% no 2º trimestre de 2023 e 8,8% no período homólogo).

Nas empresas privadas, apenas o sector da eletricidade apresentou um aumento da rendibilidade do ativo relativamente ao 2º trimestre de 2023. Em comparação com o período homólogo, a rendibilidade do ativo subiu nos sectores da eletricidade (+4,8 pp), construção (+0,8 pp) e sedes sociais (+2,1 pp). Pelo contrário, os sectores de atividade do comércio, transportes e armazenagem e outros serviços apresentaram uma redução da rendibilidade do ativo, em relação quer ao período homólogo, quer ao período anterior.

A rendibilidade das empresas públicas foi positiva, fixando-se em 7,2% (-0,4% no período homologo e 6,6% no período anterior).

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(Gráfico: Banco de Portugal)

A autonomia financeira das empresas, medida pelo peso do capital próprio no total do ativo, foi de 43,2% no 3º trimestre de 2023, valor superior ao registado no período homólogo (40,9%), mas idêntico ao do período anterior.

Comparando com o período homólogo, a autonomia financeira das empresas privadas aumentou em todos os sectores. A autonomia financeira das PME aumentou de 41,6% para 44,4%, e a das grandes empresas aumentou de 34,5% para 36,2%.

Em relação ao período anterior, a autonomia financeira das empresas privadas reduziu-se nos sectores da eletricidade, outros serviços e sedes sociais e nas grandes empresas.

O peso dos financiamentos obtidos no total do ativo diminuiu para 28,5% (30,1% no período homólogo). Para esta redução contribuíram, principalmente, os empréstimos contraídos junto do sector financeiro.

A redução do peso dos financiamentos obtidos no total do ativo, relativamente ao 3º trimestre de 2022, foi transversal a todos os sectores de atividade e a todas as classes de dimensão: nas PME, diminuiu 1,3 pp, de 28,9% para 27,6%, e nas grandes empresas diminuiu 2,1 pp, de 31,9% para 29,8%.

A autonomia financeira das empresas públicas cresceu, em relação ao trimestre homólogo, de 31,4% para 36,8%, e o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo diminuiu de 35,6% para 29,2%.

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(Gráfico: Banco de Portugal)

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(Gráfico: Banco de Portugal)

Comparando com o período homólogo, o custo dos financiamentos obtidos aumentou de 2,8% para 3,7%. A cobertura dos gastos de financiamento das empresas (que quantifica o número de vezes que o EBITDA gerado pelas empresas é superior aos seus gastos de financiamento) reduziu-se de 10,1 para 8,9. Esta redução foi transversal a todos os sectores de atividade com exceção do sector da eletricidade, gás e água.

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(Gráfico: Banco de Portugal)

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