No 1º trimestre de 2024, a economia portuguesa registou uma capacidade de financiamento de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB), que representa um aumento de 0,5 pontos percentuais (p.p.) face ao trimestre anterior.
O Rendimento Nacional Bruto (RNB) e o Rendimento Disponível Bruto (RDB) aumentaram ambos 1,6% (crescimentos de 1,6% e 1,5% no trimestre anterior, pela mesma ordem). O aumento do saldo externo da economia refletiu a melhoria do saldo das Famílias em 1,0 p.p. do PIB face ao trimestre anterior.
O Rendimento Disponível Bruto (RDB) das Famílias aumentou 2,6% face ao trimestre anterior, verificando-se crescimentos de 2,2% e 1,4% das remunerações e do Valor Acrescentado Bruto (VAB), respetivamente. A despesa de consumo final cresceu 1,1% (1,2% no trimestre anterior), determinando o aumento da taxa de poupança para 8,0% (6,6% no trimestre anterior), o que conduziu a uma capacidade de financiamento de 2,2% do PIB (1,2% do PIB no trimestre anterior). Em termos reais, o RDB ajustado per capita das Famílias cresceu 1,5% no 1º trimestre de 2024 (0,5% no trimestre anterior).
O saldo das Sociedades Não Financeiras (SNF) manteve-se inalterado em -2,2% do PIB. O VAB aumentou 1,5%, inferior ao crescimento das remunerações pagas (taxa de variação de 2,4%), enquanto a Formação Bruta de Capital aumentou 0,6%. Por sua vez, o saldo das Sociedades Financeiras fixou-se em 2,3% do PIB (menos 0,2 p.p. que no trimestre anterior).
O saldo do sector das AP diminuiu 0,3 p.p. no ano terminado no 1º trimestre de 2024, passando de uma capacidade líquida de financiamento de 1,2% para 0,9% do PIB. Considerando os valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP no 1º trimestre de 2024 atingiu -118,9 milhões de euros, correspondendo a -0,2% do PIB, o que compara com 1,1% no período homólogo. Face ao mesmo período do ano anterior, verificou-se um aumento de 7,3% da receita e de 11,0% da despesa.
(Gráfico: INE)
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