Data: 03-10-2024
Mês: Outubro
Ano: 2024

No final do 2º trimestre de 2024, a rendibilidade das empresas ― medida pelo rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) e o total do ativo ― foi de 9,5% (valor igual ao observado no final do ano anterior).

Em comparação com o final de 2023, a rendibilidade do ativo das empresas privadas manteve-se estável na generalidade dos sectores de atividade, exceto nos sectores da eletricidade, gás e água e da indústria. O sector da eletricidade, gás e água apresentou um aumento da rendibilidade do ativo de 0,4 pp, resultante do acréscimo da produção de energia renovável e da redução dos custos de produção. Pelo contrário, o sector da indústria registou uma diminuição da rendibilidade do ativo de 0,9 pp.

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A autonomia financeira das empresas, medida pelo peso do capital próprio no total do ativo, foi de 44,4% no 2º trimestre de 2024, valor superior ao registado no final de 2023 (43,9%). Este aumento decorre, essencialmente, da retenção de resultados do exercício de 2023 nos capitais próprios das empresas.

Em comparação com o final de 2023, a autonomia financeira das empresas privadas aumentou em todos os sectores, com exceção da eletricidade, gás e água (-0,6 pp) e das sedes sociais (-1,2 pp). Os sectores de atividade que mais contribuíram para este aumento foram o comércio (+1,4 pp) e os outros serviços (+1,0 pp). A autonomia financeira das PME subiu de 44,1% para 45,3%, e a das grandes empresas diminuiu de 39,6% para 39,0%.

A autonomia financeira das empresas públicas manteve-se em 36,9%, e o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo diminuiu de 31,3% para 31,1%.

Para o total das empresas privadas, o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo diminuiu para 27,3% (27,6% no final de 2023), devido, maioritariamente, à redução dos empréstimos contraídos junto do sector financeiro.

Por sector de atividade, o maior decréscimo verificou-se nos transportes e armazenagem (-2,7 pp em relação ao final de 2023) e justificou-se pela redução do financiamento junto de empresas do grupo. Nas PME, o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo diminuiu 0,6 pp — de 27,1%, no final de 2023, para 26,5% — e, nas grandes empresas, caiu 0,2 pp — de 27,9% para 27,7%.

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O custo dos financiamentos obtidos aumentou de 4,5%, no final de 2023, para 4,9% no final do 2º trimestre de 2024. No 1º semestre de 2024, as taxas praticadas nos empréstimos obtidos junto do sector financeiro continuaram acima das verificadas no mesmo período de 2023, apesar da redução recente das taxas de juro das novas operações.

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