Em 2024, as transações de IDE (Investimento direto do exterior em Portugal) totalizaram 13,2 mil milhões de euros (11,1 mil milhões de euros em 2023), devido sobretudo ao investimento realizado no capital de entidades portuguesas (11,1 mil milhões de euros). As transações de IDE refletem também um contributo significativo do investimento imobiliário, no valor de 3,5 mil milhões de euros.
Numa perspetiva de contraparte imediata, os países europeus foram os que mais investiram em Portugal neste período, com destaque para Espanha (3,8 mil milhões de euros), Luxemburgo (3,1 mil milhões de euros) e Países Baixos (1,4 mil milhões de euros).
Transações de IDE por Continente
(Gráfico: Banco de Portugal)
Em 2024, as transações de IPE (Investimento direto de Portugal no exterior) totalizaram 7,2 mil milhões de euros (5,7 mil milhões de euros em 2023). Numa perspetiva de contraparte imediata, destacou-se o investimento realizado em entidades residentes em países do continente europeu, em particular, nos Países Baixos (1,8 mil milhões de euros), em Espanha (1,1 mil milhões de euros) e no Luxemburgo (1,1 mil milhões de euros).
No final de 2024, o stock de investimento direto estrangeiro em Portugal (IDE) era de 200,3 mil milhões de euros, e o de investimento direto de Portugal no exterior (IPE) era de 76,0 mil milhões de euros. Estes montantes representavam, respetivamente, 71% e 27% do PIB português.
O stock de IDE mais do que duplicou entre o final de 2008 e o final de 2024. Quando medido em percentagem do PIB, o peso do IDE aumentou 25 pontos percentuais.
Stocks de IDE e IPE
(Gráfico: Banco de Portugal)
Em 2024, os rendimentos de IDE foram de 12,0 mil milhões de euros, inferiores aos do período homólogo em 0,8 mil milhões de euros.
Rendimentos de investimento direto | Valores trimestrais
(Gráfico: Banco de Portugal)
No final de 2024, a Grande Lisboa era a região que concentrava o maior valor de IDE: 106,2 mil milhões de euros, ou seja, 53,0% do stock de IDE. Seguiam-se o Norte, com 34,6 mil milhões de euros (17,3% do total de IDE), e o Algarve, com 19,5 mil milhões de euros (9,7% do total de IDE). Estas regiões representavam, no seu conjunto, 80,1% do total do stock de IDE em Portugal.
As regiões com menor concentração de investimento direto proveniente do exterior eram a Região Autónoma dos Açores, com 0,6 mil milhões de euros (0,3% do total de IDE), o Oeste e Vale do Tejo, com 4,2 mil milhões de euros (2,1%), e a Península de Setúbal, com 4,9 mil milhões de euros (2,5%).
Entre 2017 e 2024, a Região Autónoma da Madeira foi a única a registar um decréscimo do stock de IDE. Todas as outras regiões apresentaram uma evolução positiva. Houve duas que duplicaram o seu stock de IDE: o Centro e o Alentejo, com crescimentos de 110% e 109%, respetivamente.
Evolução do IDE por regiões (2017-2024)
(Gráfico: Banco de Portugal)
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