No 1º trimestre de 2025, a rendibilidade das empresas ― medida pelo rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) e o total do ativo ― foi de 9,3% (9,4% no 4º trimestre de 2024 e 9,5% no período homólogo).
A rendibilidade do ativo das empresas privadas diminuiu 0,3 pp relativamente ao período homólogo, para 9,3%.
Os sectores das sedes sociais e da eletricidade, gás e água foram os sectores com maior redução na rendibilidade do ativo (-1,5 pp e -1,8 pp respetivamente). Nas sedes sociais, a diminuição foi justificada pela incorporação de menores resultados das subsidiárias comparativamente com o período homólogo. Na eletricidade, gás e água, acresceu o efeito do aumento dos custos de produção (gás e eletricidade).
A rendibilidade das empresas dos sectores dos transportes e armazenagem e da construção aumentou em relação ao trimestre homólogo (+1,4 pp e +1,0 pp, respetivamente). Para o crescimento registado nos transportes e armazenagem contribuiu o aumento do EBITDA das atividades de tráfego aeroportuário. Na construção, a subida refletiu a melhoria generalizada do EBITDA do sector.
A rendibilidade das empresas públicas foi de 7,1% (+0,4 pp do que no período homólogo).
A autonomia financeira das empresas, medida pelo peso do capital próprio no total do ativo, não se alterou em relação ao 4º trimestre de 2024, fixando-se em 45,6% no 1º trimestre de 2025 (44,1% no período homólogo).
No final do 1º trimestre de 2025, a autonomia financeira das empresas privadas era de 45,8%. Em comparação com o período homólogo, este indicador aumentou em todos os sectores, com exceção das sedes sociais. A subida foi mais acentuada no sector do eletricidade, gás e água (+2,3 pp).
O aumento da autonomia financeira reflete a retenção de resultados por parte das empresas. Por classe de dimensão, o crescimento foi mais acentuado nas pequenas e médias empresas (PME). A autonomia financeira das PME aumentou 1,9 pp relativamente ao trimestre homólogo, para 46,3%. Nas grandes empresas, o acréscimo foi de 1,1 pp, para 40,9%.
A autonomia financeira das empresas públicas cresceu de 37,1%, no final do 1º trimestre de 2024, para 37,7% no final do 1º trimestre de 2025.
Para o total das empresas, o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo diminuiu para 26,8% no final do 1º trimestre de 2025 (27,6% no trimestre homólogo). Esta descida reflete a redução continuada dos empréstimos contraídos junto do sector financeiro e junto de empresas do grupo. O decréscimo deste indicador foi transversal a todas as classes de dimensão e a todos os sectores, com exceção das sedes sociais e da eletricidade, gás e água. Em ambos os sectores se observou um aumento do financiamento por títulos de dívida.
O custo dos financiamentos obtidos reduziu-se pelo segundo trimestre consecutivo, para 4,7%. Esta redução refletiu a tendência de descida das taxas de juro, que se iniciou em meados de 2024, e foi transversal a todos os sectores de atividade e classes de dimensão. Relativamente ao período homólogo, o custo dos financiamentos obtidos não se alterou.
A cobertura dos gastos de financiamento das empresas (medida de pressão financeira que quantifica o número de vezes que o EBITDA gerado pelas empresas é superior aos seus gastos de financiamento) aumentou, em termos homólogos, de 7,1 para 7,2. Este aumento foi transversal à maioria dos sectores, com exceção dos sectores das indústrias, eletricidade, gás e água e das sedes sociais, em que a cobertura dos gastos de financiamento se reduziu, devido à diminuição do EBITDA.
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