De acordo com o Banco de Portugal, em 2016, a economia portuguesa apresentou capacidade de financiamento, o que acontece desde o final de 2012. A capacidade de financiamento da economia portuguesa cifrou-se em 1,7% do PIB.
Este resultado reflete a capacidade de financiamento das sociedades financeiras, particulares e sociedades não financeiras (respetivamente de 2,2; 0,8 e 0,7 % do PIB) que, no seu conjunto, foi mais do que suficiente para satisfazer a necessidade de financiamento das administrações públicas, no valor de 2,0% do PIB.
Em comparação com 2015, a capacidade de financiamento da economia portuguesa aumentou 0,5 pontos percentuais (p.p.), em virtude da redução da necessidade de financiamento das administrações públicas em 2,4 p.p..
A capacidade de financiamento das sociedades financeiras, dos particulares e das sociedades não financeiras decresceu em relação a 2015, respetivamente 1,5; 0,2 e 0,2 p.p. Esta evolução foi influenciada pelo impacto da operação de resolução do Banif, ocorrida no final de 2015. Excluindo esse efeito, seriam menos expressivas a diminuição na necessidade de financiamento das administrações públicas (0,9 p.p.) e a redução na capacidade de financiamento das sociedades financeiras (0,1 p.p.).
(Gráfico: Banco de Portugal)
A economia portuguesa apresentava, no final de 2016, uma posição financeira líquida face ao resto do mundo de -105,1% do PIB, superior aos -112,0% registados no final de 2015. Manteve-se, assim, a tendência de melhoria observada desde o início de 2015.
(Gráfico: Banco de Portugal)
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