(Gráfico: EY)
O estudo revela, no entanto, uma dualidade na percepção que existe sobre o país entre os investidores estabelecidos (que demonstram uma visão muito mais positiva dos factores competitivos de Portugal) e os não estabelecidos, bem como quanto à competitividade regional entre a região de Lisboa e a região Norte (Porto) relativamente ao resto das regiões, sendo as primeiras percepcionadas como o motor da competitividade do país.
A região de Lisboa é vista como a mais atractiva de Portugal com 53%, enquanto o Norte (Porto) apresenta 28%. No entanto, o Porto aparece como o destino com maior número de novos investimentos e criação de postos de trabalho, com 36% dos projetos e 61% dos postos de trabalho.
A Investigação e Desenvolvimento e a Logística são os sectores que apresentam maior número de intenções de investimento. A manufactura, o marketing e as vendas mantêm a maior representatividade.
A estabilidade social característica de Portugal é, para 77% dos inquiridos, o principal factor de atratividade do país. O potencial de aumento da produtividade e os custos laborais são os dois factores fundamentais para a avaliação positiva da estabilidade económica portuguesa, com, respectivamente, 76% e 75%.
Relativamente às oportunidades de melhoria, são destacados três factores fundamentais: a carga fiscal das empresas e a estabilidade e transparência do ambiente político, jurídico e regulamentar, ambas com 42%, e a flexibilidade da legislação laboral, com 40%.
Relativamente ao cariz inovador do nosso mercado empresarial, os inquiridos mostram-se céticos, sendo que 47% considera o ecossistema de start-ups semelhante ao existente nos restantes países europeus e apenas 28% classifica Portugal como uma fonte de inovação competitiva. O suporte à inovação e às indústrias de alta tecnologia é, aliás, o principal factor que o estudo considera como área de intervenção fulcral (41%), além da redução de impostos (37%) e do apoio às PMEs (34%).
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