Data: 25-03-2015
Mês: Março
Ano: 2015
Segundo o Banco de Portugal, as projeções para a economia portuguesa em 2015-2017 apontam para uma recuperação gradual da atividade ao longo do horizonte de projeção. Após um crescimento do PIB de 0,9% em 2014, projetam-se crescimentos de 1,7% em 2015 (valor revisto em alta em 0,2 p.p. face ás previsões do Boletim Económico de dezembro), 1,9% em 2016 (valor revisto em alta em 0,3 p.p. face ás previsões do Boletim Económico de dezembro) e 2,0% em 2017. Ao longo do horizonte de projeção, a economia portuguesa apresenta um ritmo de crescimento próximo do projetado para a área do euro.
 
Nesta atualização o Banco de Portugal refere que a evolução do PIB continua a ter implícita uma transferência de recursos produtivos dos setores não transacionáveis para os setores transacionáveis, uma das características mais salientes do processo de recuperação recente da economia portuguesa. A aceleração da atividade económica ao longo do horizonte de projeção reflete, em larga medida, o crescimento projetado para as exportações, em linha com as hipóteses para a procura externa dirigida à economia portuguesa. Esta evolução contribui para a manutenção de um excedente da balança corrente e de capital.
 

i019270.jpg

                                                                                             (Tabela: Banco de Portugal)

Segundo esta publicação, a procura interna apresenta um crescimento moderado ao longo do horizonte de projeção, refletindo um crescimento sustentado do consumo privado, consistente com a evolução do rendimento disponível real, e uma aceleração da formação bruta de capital fixo, nomeadamente da componente empresarial. A evolução da procura interna mantém-se condicionada pela necessidade de continuar o processo de consolidação orçamental e pelos elevados níveis de endividamento do setor privado. Ao longo do período 2015-2017, projeta-se uma aceleração moderada do emprego e uma diminuição progressiva da taxa de desemprego.

Para 2015 projeta-se uma estabilização do índice harmonizado de preços no consumidor, em termos médios anuais, seguindo-se um aumento de 1,1% nos dois anos seguintes.

Documento Original PDF